Ciro Gomes suspende pré-candidatura à Presidência após PDT votar a favor da PEC dos Precatórios

Partido Democrático Trabalhista foi a única legenda da oposição a recomendar o voto ‘sim’ e, na prática, garantiu a vitória do governo Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2021 09h10 - Atualizado em 04/11/2021 09h39
VANESSA ATALIBA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 02/10/2021 Ciro Gomes com o microfone na mão discursando em ato conta o presidente Jair Bolsonaro Vice-presidente do PDT, Ciro espera que o partido se posicione contra a PEC durante o segundo turno das votações

Ciro Gomes anunciou na manhã desta quinta-feira, 4, a suspensão da sua pré-candidatura à Presidência até que o PDT “reavalie” sua posição sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, aprovada na Câmara dos Deputados nesta madrugada por 312 votos favoráveis (apenas 4 a mais do que o necessário) e 144 contrários. O PDT foi o único partido da oposição a recomendar o voto “sim” e, na prática, garantiu a vitória do governo Bolsonaro. “Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição”, escreveu o vice-presidente da legenda em suas redes.

Ainda será necessária a votação dos destaques para que o texto seja definitivamente aprovado em primeiro turno. Em seguida, a PEC precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara dos Deputados e para depois seguir para o Senado Federal. “Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”, defendeu o ex-governador do Ceará. “Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, concluiu.

Veja como votou cada deputado do PDT:

  • Alex Santana (PDT-BA) – Votou “sim”
  • Félix Mendonça Jr (PDT-BA) – Votou “sim”
  • André Figueiredo (PDT-CE) – Votou “sim”
  • Eduardo Bismarck (PDT-CE) – Votou “sim”
  • Idilvan Alencar (PDT-CE) – Votou “não
  • Leônidas Cristino (PDT-CE) – Votou “sim”
  • Robério Monteiro (PDT-CE) – Votou “sim”
  • Flávia Morais (PDT-GO) – Votou “sim”
  • Mário Heringer (PDT-MG) – Votou “sim”
  • Subtenente Gonzaga (PDT-MG) – Votou “sim”
  • Dagoberto Nogueira (PDT-MS) – Votou “sim”
  • Túlio Gadêlha (PDT-PE) – Votou “não
  • Wolney Queiroz (PDT-PE) – Votou “sim”
  • Flávio Nogueira (PDT-PI) – Votou “sim”
  • Gustavo Fruet (PDT-PR)  Votou “não
  • Chico D´Angelo (PDT-RJ) Votou “não
  • Paulo Ramos (PDT-RJ) Votou “não
  • Silvia Cristina (PDT-RO) – Votou “sim”
  • Afonso Motta (PDT-RS) – Votou “sim”
  • Pompeo de Mattos (PDT-RS) Votou “não
  • Fábio Henrique (PDT-SE) – Votou “sim”

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