Eleições 2022: Glauber Braga se apresenta como pré-candidato à presidência pelo PSOL
Ao anunciar sua decisão nesta segunda-feira, 10, o deputado defendeu um programa de governo socialista e que revogue ações implementadas por Temer e Bolsonaro
O deputado Glauber Braga (PSOL) lançou-se como pré-candidato à Presidência da República nesta segunda-feira, 10. O parlamentar afirmou sua decisão em um vídeo divulgado em sua página oficial no Facebook, no qual explica que resolveu lançar-se ao cenário eleitoral em resposta a um manifesto elaborado por políticos do PSOL, líderes de esquerda e de movimentos sociais que defendem uma candidatura própria do partido à presidência na disputa de 2022. Reunindo mais de mil assinaturas, o documento será publicado às 19 horas desta segunda-feira. Os deputados federais Luiza Erundina (PSOL), Sâmia Bonfim (PSOL) e Davi Miranda (PSOL) estão entre os nomes que assinam o manifesto. “Nos últimos tempos, tenho sido procurado por militantes do PSOL e questionado se eu toparia me apresentar como pré-candidato à Presidência da República para as eleições de 2022. Até então, respondia que estava cedo e muitas etapas precisavam ser cumpridas, mas o assunto se intensificou nas últimas semanas. Por isso, fico honrado em dizer que hoje será lançado um manifesto que solicita minha pré-candidatura. Além disso, anuncio em primeira mão que topei essa empreitada”, comunicou o deputado psolista.
Para Glauber, sua pré-candidatura possui três “objetivos evidentes”. O primeiro deles diz respeito a “não deixar para discutir assuntos importantes apenas em 2022”, como a “urgência” da luta para derrubar o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). ” O segundo objetivo de nossa candidatura é estabelecer um programa que não tenha medo de se posicionar e dizer que é de esquerda”. Por fim, o terceiro objetivo colocado por Glauber mira a necessidade da esquerda brasileira de se unir em torno de uma só candidatura para disputar a presidência em 2022. “Não viraremos as costas para a solicitação legítima da sociedade brasileira por uma unidade na esquerda. Buscaremos construir uma plataforma comum na esquerda – mas precisamos estabelecer limites evidentes, por exemplo, não podemos sentar à mesa para discutir uma plataforma comum com nomes como Doria, Moro, Maia e Lemann.”
O deputado antecipou que sua candidatura buscará a radicalidade política. “Deixaremos claro que pretendemos revogar medidas de desmonte aplicadas durante os governos Temer e Bolsonaro, como as rodadas de privatizações, a reforma trabalhista e o desmonte da Previdência. Apresentaremos uma proposta para garantir o emprego e a renda dos trabalhadores através de um projeto que coloca o Estado como empregador em última instância. Enfrentaremos a política do latifúndio com uma reforma agrária para valer e vamos implantar um programa nacional para superar o analfabetismo no país. Precisamos defender o investimento na educação pública e na saúde pública por meio de uma tributação pesada do setor privado de saúde e educação. Devemos também manter o conjunto de nossas bandeiras levantado, colocando em prática um programa socialista que enfrente o machismo e racismo estruturais e a lgbtfobia por meio da mobilização popular”, concluiu.
É possível defender unidade na esquerda contra bolsonaro e ao mesmo tempo ser pré-candidato a presidente do Brasil pelo PSOL apresentando o programa da esquerda radical de forma não sectária? SIM! Muito obrigado às correntes e militantes que me incentivaram pra essa tarefa. Topo!
— Glauber Braga (@Glauber_Braga) May 10, 2021
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