Confira como foi a sabatina com Simone Tebet, candidata à Presidência

Senadora falou sobre propostas para reduzir a inflação, criticou a polarização entre Lula e Bolsonaro e o chamado Orçamento Secreto: ‘Maior escândalo de corrução do planeta’

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2022 07h32 - Atualizado em 15/09/2022 12h55
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Reprodução/YouTube/Jovem Pan News Tela dividida com jornalistas e candidata à Presidência Senadora Simone Tebet participa de sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 26

A senadora Simone Tebet participa de sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 26, dando continuidade a série de entrevistas com concorrentes ao Palácio do Planalto, que teve início com a entrevista de Ciro Gomes (PDT). Candidata à presidência da República pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a parlamentar ainda não decolou nas pesquisas de intenção de voto e aparece na quarta colocação, oscilando entre 2% e 4%. Protagonizando a única chapa 100% feminina concorrendo à Presidência, ao lado da também senadora Mara Gabrili (PSDB-SP), Tebet se coloca como alternativa do chamada “centro democrático” para as eleições 2022, tendo sendo o nome escolhido pela terceira via para tentar romper a polarização Lula-Bolsonaro e chegar ao segundo turno com um novo projeto de Brasil. Simone e Mara propõem um governo “com amor e coragem” para reconstruir o Brasil no campo econômico e social, com propostas de inclusão; combate às desigualdades e todas as formas de preconceito e discriminação; compromisso com a economia verde e parcerias com a iniciativa privada. “O país precisa mudar de verdade. É preciso fazer diferente, é possível fazer diferente. E nós faremos, com amor e coragem”, defende Tebet. Confira abaixo a cobertura especial da Jovem Pan sobre a sabatina de Simone Tebet:

8h30 – Simone Tebet faz considerações finais no Jornal da Manhã

Queria agradecer imensa oportunidade, dizer que quero ser presidente da república e quando me perguntam, a resposta está em cada esquina, de cada canto da nossa cidade. Nas barracas de lona, na fome, na miséria da desigualdade social, na falta de casas, na falta de de qualidade. Sei que, antes de tudo, nosso campo é o único campo capaz de pacificar o Brasil. Sem ele, o Brasil não vai voltar a crescer, não vai gerar emprego, não vai gerar é renda e não combater a a inflação. E assim, com amor e com coragem que nós podemos e vamos juntos no Brasil, reconstruir com coragem, com experiência, com trabalho, com amor. Muito obrigada.


8h27 – José Maria Trindade volta a questionar sobre o agronegócio, se há vantagens dadas pelo governo

Simone Tebet: Não. O agro fez o dever de casa e soube pedir a coisa certa ao governo federal. O que está faltando é dar a mesma visão macro de organização, uma política de Estado, para o setor industrial também, que é o único a fazer o Brasil voltar a crescer.


8h24 – Há banalização de CPIs e deveriam acontecer impeachment de ministros do STF ou do Bolsonaro?

Simone Tebet: Não conheço os pedidos de impeachment de Bolsonaro, mas deveria [ter sido feito] no ano passado, diante do maior drama da atualidade brasileira, vi tentativas de esquema de corrupção no Ministério da Saúde. Sim, processo de impeachment teria que ter sido aberto. Acredito que da mesma forma um ministro pode sofrer impeachment.


8h21 – Vai promover as mudanças na Lei Rouanet e recuperar o Ministério da Cultural?

Simone Tebet: Sim, um erro não justifica o outro. Havia exceções, mas isso não significa que vai matar a cultura do Brasil. Cultura não tem dono, cultura não tem lado. Cultural é vida. Então o Ministério da Cultura vai ser recriado.


8h15 – Roberto Mota questiona sobre falta de defesa de Tebet a mulheres na CPI da Covid-19

Simone Tebet: Isso é fake news e é mentira, ninguém recebeu mais recebeu violência política do que eu, inclusive por ministro e parente do presidente Bolsonaro. Esse é o problema de fake news, que tiram as honras das mulheres. A CPI foi instalada não tinha uma mulher, o ministro Ciro Nogueira deu de dedo porque não entendeu, não nos deixou falar. Ninguém entende mais de vida que uma mãe, como não tem uma mulher na CPI? Fomos para dentro da CPI tínhamos que esperar 5 homens para falar, estava assistindo quando Nise sofreu violência política. Perguntei para a Leila, que era quem estava de plantão. Admito tudo na minha vida, não admito injustiça. Não concordo com cloroquina, não concordo o posicionamento, mas vou defender até a morte o direito dela de falar.


8h11 – Simone Tebet defende salário igualitário para homens e mulheres

Simone Tebet: A primeira coisa que a bancada feminina fez foi pedir para pautar o projeto colocando mulher e homens no mesmo cargo, na mesma função na iniciativa privada que ganhe o mesmo salário, sob pena de uma multa. É inconcebível dizer que por ser mulher você vai receber 20% menos. Se for uma mulher preta, até 40% a menos. Isso me deixa indignada. Virando presidente, o primeiro pedido é pela aprovação desse projeto. Se aumentar o salário das mulheres, quem ganha é a economia.


8h08 – Simone defende mandato de 10 anos para ministros do STF

Simone Tebet: Participei várias vezes de debates e ajudamos a construir textos consideráveis, onde estabelecemos mandato de 10 anos para ministro do Supremo Tribunal Federal. Da mesma forma, entendo tirar o papel de Corte criminal do Supremo.


8h07 – O 7 de setembro deve ser tranquilo?

Simone Tebet: Espero que sim. Eu espero que sim.


8h03 – Discussão sobre urnas eletrônicas está encerrada ou defende o uso de voto impresso?

Simone Tebet: As instituições democráticas estão firmes, vamos ter o resultado das urnas obedecidos. Entrei com documento no TSE dizendo que vamos fazer uma campanha limpa, pacífica, em um momento que os ânimos estão acirrados e não é isso que o brasileiro quer. Vamos respeitar os resultado das urnas. Em relação às urnas, eu mesma já tive dúvidas quanto a isso. Sete anos se passaram, o atual presidente foi eleito com a urna, nós fomos convencidos que as urnas não estão ligados à internet, não há possibilidade de um hacker entrar. Confio nas urnas, nos resultados.


7h58 – Daniel Caniato questiona sobre agronegócio x meio ambiente

Simone Tebet: O Brasil precisa parar com ou’ e colocar mais o ‘e’. Não é meio ambiente ou agronegócio. O agro é sustentável sim, não podemos generalizar e também não podemos colocar exceções dentro do processos, que é o único que está colocando comida na mesa do brasileiro. Temos grileiros e minerados ilegais, mas eles não representam o agronegócio, são bandidos. Isso é minoria e precisa ser combatido. No meu governo é desmatamento ilegal zero, em qualquer bioma. (…) Defendo o agro, minha família é do agro, mas sou contra derrubar uma única árvore ilegal.


7h53 – Roberto Mota questiona sobre operação da PF contra empresários

Simone Tebet: A instância superior do Brasil, sou a favor da livre manifestação, a sociedade e redes sociais tem que se manifestar. Mas liberdade não é absoluta, tem que ficar no limite da Constituição. O problema do judiciário não é diferente do Legislativo e Executivo, temos desarmonia entre os poderes. Os ânimos estão acirrados e é preciso pacificar o Brasil até neste sentido. Hoje você tem politização da justiça e judicialização da política.


7h47 – Amanda Klein pergunta sobre o Orçamento Secreto e faz comparação com outros escândalos

Simone Tebet: O primeiro passo é transparência e exigir que todos os ministros coloquem os gastos no ministério. Se é secreto, tem algo errado. Povo tem que saber quem é que pediu emenda, como foi e se o dinheiro chegou. Ao se dar transparência, vamos verificar quais deputados e senadores pediram. Órgãos de controle vão entrar no governo para fazer um pente fino. Podemos estar diante do maior esquema de corrupção do planeta, após as eleições o Ministério Público vai investigar e o Brasil vai ver.


7h41 – José Maria Trindade questiona sobre corrupção envolvendo o MDB

Simone Tebet: O meu MDB é de Ulisses, Tancredo, Mário Covas e do meu pai. É o meu MDB e basta olhar a história. Triste Brasil que tem que escolher do Petrolão, Mensalão, que teve o envolvimento de membros do MDB, e o escândalo doa Educação e do Orçamento Secreto. A foto recente é muita clara, esses personagens não estão comigo. Sou candidata por indignação, a razão está em cada esquina onde uma mãe faminta alimenta seu filho.


7h37 – Democracia esteve abalada ou correu riscos no atual governo?

Simone Tebet: Sim, a democracia ficou abalada por crises artificiais do atual presidente, que ao esconder sua incapacidade de governar fica criando fantasias em resultados eleitorais e flerta com autoritarismo. Para mim, as instituições estão fortes e só por estarem fortes não temos uma ameaça de golpe. E a população não quer saber de ditadura, a democracia que dá liberdade de ir e vir e o eleitor a cada quatro anos decidir seus destinos.


7h33 – Por que sua candidatura não decolou? Quem vai apoiar no segundo turno?

Simone Tebet: Não foi fácil chegar até aqui, é uma maratona com obstáculos. No final do ano ninguém acredita que seríamos vencedores, tendo tantos candidatos. Outros obstáculos existem para serem transpostos, ainda estou desconhecido por parte da população brasileira. A campanha eleitoral começa amanhã e aceito que a partir do momento que nos tornarmos conhecidos diante de uma campanha tão polarizado, entre o voto do menos pior e por alguém que fala em esperança, tenho certeza que eleitor vai repensar seu voto. Se chegarmos ao segundo turno, vencemos as eleições.


7h31– Daniel Caniato e Adriana Reid dão boas vindas a Simone Tebet

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