Garcia nega ter padrinho político, mas exalta gestão Doria: ‘Trouxe vacina ao Brasil’

Candidato à reeleição em São Paulo, governador nega aliança BolsoRodrigo, mas admite ter o PT como principal oponente no Estado

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2022 10h49
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO FUP20220331240 - 31/03/2022 - 17:34 Doria e Garcia se cumprimentam em evento paulista Rodrigo Garcia mencionou pontos positivos da gestão tucana anterior, como o Museu do Ipiranga e o Rio Pinheiros

O governador Rodrigo Garcia negou a existência de “padrinhos políticos” para a disputa à reeleição em São Paulo. Durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 17, ele minimizou as intenções de uma aliança BolsoRodrigo, com aproximação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), embora admita também ter o Partido dos Trabalhadores (PT) como principal oponente nas pesquisas eleitorais. “Não podemos ‘fulanizar’ determinadas pautas. São pautas que eu defendo há muito tempo na minha vida. Eu fiquei 27 anos filiado ao Democratas, estou há mais de um ano ao PSDB. Não mudei de lado na política. Sempre estive em São Paulo contrapondo as políticas do Partido dos Trabalhadores. E continuo fazendo isso aqui, tendo o PT como a minha oposição. Eu não mudei as minhas convicções, aquilo que eu acredito e defendo. Eu continuo com coerência, com uma história de serviços prestados, que está aí para a população avaliar”, afirmou. Em São Paulo, o PSDB apoia a candidatura de Simone Tebet (MDB) à presidência, com a senadora Mara Gabrilli (PSDB) como candidatura à vice-presidência. Apesar do apoio declarado, Garcia afirma que sua chapa tem partidos que apoiam outros candidatos, inclusive à reeleição de Bolsonaro. “Essa coligação ampla mostra que os partidos estão preocupados com São Paulo”, exaltou, rebatendo a polarização.

Garcia também minimizou as relações e influências do ex-governador João Doria (PSDB), que deixou o Palácio dos Bandeirantes em abril para concorrer à presidência, mas desistiu da candidatura em razão da falta de apoio no partido e da alta rejeição. O governador mencionou pontos positivos da gestão tucana anterior, como o Museu do Ipiranga e o Rio Pinheiros, e chegou a falar em “bom mandato” de Doria como governador e prefeito de São Paulo, mas afirmou afirma não estar satisfeito com o Estado. “Eu não tenho padrinho político. […] Reconheço as conquistas. Estou aqui para garantir que, nas minhas mãos, São Paulo não ande para trás, porque eu conheço o Estado, a máquina pública e sei dos seus desafios e, naturalmente, das suas potencialidades. Então, vou discutir e defender essa história que São Paulo tem e, principalmente, olhar para o futuro, com 48 anos de idade, para continuar São Paulo avançando”, disse. Em outro momento da sabatina, ao ser questionado se concordava com as medidas de o isolamento social adotadas durante a pandemia e fechamento do comércio, Garcia afirmou que João Doria é muito criticado, mas que o ex-governador foi o responsável por trazer vacinas ao país. “Não precisa mais [de quarentena]. Tem a vacina. E a vacina salvou o Brasil e salvou o mundo. E quem trouxe a vacina pra São Paulo foi o João muitas vezes criticam. Quem trouxe a vacina pro Brasil foi São Paulo”, afirmou, defendendo o tucano. 

Na sabatina na Jovem Pan, Rodrigo Garcia também falou sobre segurança pública e exaltou a polícia militar, disse não ter “nenhum problema” com a reeleição, descartou a possibilidade de impugnação da candidatura de Geninho Zuliani, candidato a vice-governador em sua chapa e afirmou que não está concorrendo ao Palácio dos Bandeirantes para defender o legado do PSDB, mas sim para atuar por São Paulo. “Todo dia nós temos problemas para resolver, e eu não vou ficar discutindo carteira ideológica, se vou resolver pela direita ou pela esquerda, eu vou procurar a solução do problema. Não estou aqui para defender o PSDB. Estou aqui para defender uma história dedicada a São Paulo, para os acertos do PSDB nesses últimos anos”, sinalizou. De acordo com pesquisa Ipec (antigo Ibope) divulgada na última segunda-feira, o atual governador soma 9% dos votos em São Paulo, contra 12% de Tarcísio e 34% de Haddad, ocupando a terceira posição no Estado. 

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