Tarcísio promete ‘secretariado todo técnico’ e fala em governo ‘com viés social forte’
Candidato do Republicanos ao governo de São Paulo aposta em relação com presidente Jair Bolsonaro para crescer nas pesquisas e disputar segundo turno contra Fernando Haddad (PT)
O ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato ao Governo de São Paulo, promete, se eleito, repetir o modelo de trabalho adotado durante enquanto esteve à frente do Ministério da Infraestrutura e construir um secretariado “todo técnico” e que privilegie o desempenho dos servidores. Durante sabatina no Jornal Jovem Pan nesta terça-feira, 20, ele falou em escolhas “altamente qualificadas” e mencionou prestígio dos parlamentares com as entregas, citando boa relação com o Congresso Nacional, quadro que buscará repetir no Estado. “Um forte apoio no Congresso, ao mesmo tempo que construímos um secretariado técnico. Isso nos proporcionou o resultado. Isso quer dizer que é muito importante caminhar a trilha técnica”, mencionou Tarcísio. O ex-ministro não descarta que, eventualmente, um partido político possa indicar um quadro de seu governo, mas garantiu que os escolhidos terão competência, currículo e reputação ilibada. “Secretariado vai ser técnico, com pessoas escolhidas a dedo, com pessoas competentes que farão a diferença”, completou.
Na entrevista, o ex-ministro também falou sobre propostas no campo social, como a criação de um programa de transferência de renda para alunos do Ensino Médio, no valor de R$ 120 mensais, e ações com foco em habitação popular, prometendo um governo com “viés social muito forte”. “Podemos esperar o que do governo Tarcísio? Primeiro, um viés social muito forte e mostrar que a direita pode fazer política social de qualidade e o viés econômico muito forte, focado na geração de empregos”, comentou. Outras ações defendidas pelo ex-ministro da Infraestrutura tem como foco combate à evasão escolar, incentivo a cultural, esporte e artes, transformação das escolas em centros profissionalizantes e o tratamento de professores como “executivos da educação”. “Nada disso vai prosperar se não valorizarmos os professores e diretores”, exaltou, falando em atenção especial à classe.
Segundo pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira, 20, Tarcísio tem 22% das intenções de votos em São Paulo, contra 14% de Rodrigo Garcia (PSDB), que aparece em terceiro lugar, e atrás de Fernando Haddad (PT), que lidera com 34% no Estado. Neste cenário, o ex-ministro enxerga o petista tem vantagem por um “recall” da última eleição presidencial, quando disputou o segundo turno com Jair Bolsonaro. Para Tarcísio, a vantagem do ex-prefeito de São Paulo é natural e diminui com a proximidade das eleições. “Entendo que, à medida que a campanha avance, e estamos chegando na reta final, vai haver um equilíbrio. Acredito que vamos chegar bem próximo dele na reta final”, afirmou. Candidato do presidente Bolsonaro no Estado, o republicano aposta no apadrinhamento do mandatário para se distanciar de Rodrigo Garcia e garantir uma vaga do segundo turno. “Tenho espaço de crescimento e sou candidato do Bolsonaro. Estou muito confiante que vamos estar no segundo turno. As urnas não mentem”, finalizou.
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