EUA prometem acompanhar eleições brasileiras ‘de perto’ e fazem alerta contra violência política
Porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre indicou o interesse do governo americano no pleito de um ‘democracia parceira’ e confiança de que votação será ‘livre, justa e transparente’
Um dos principais parceiros comerciais do Brasil, o governo norte-americano afirmou que irá monitorar de perto a eleição brasileira. Durante coletiva de imprensa realizada nesta-terça-feira, 27, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, confirmou que os Estados Unidos acompanham as eleições que ocorrem no mundo nas últimas semanas, com uma atenção especial para o Brasil. “Vamos acompanhar de perto e confiar na força da instituição democrática do Brasil. Temos visto relatos recentes de violência. E, embora o direito ao protesto seja fundamental em qualquer democracia, os Estados Unidos condenam qualquer violência e pede que os brasileiros se façam ouvir de forma pacífica. Acreditamos que isso é importante nesta próxima eleição. Como uma democracia parceira do Brasil, continuaremos a acompanhar as eleições com a expectativa de que elas serão conduzidas de maneira livre, justa, transparente e credível, com todas as instituições relevantes operando de acordo com a constituição”. Jean-Pierre encerrou sem confirmar se o governo irá reconhecer o resultado de forma imediata, reforçando que estão monitorando o andamento das eleições.
Recentemente, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil declarou que os EUA reconhecerão como presidente quem vencer o pleito ao Palácio do Planalto, em processo orquestrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota divulgada no Twitter oficial da embaixada, foi informado o seguinte: “Nossa confiança nas eleições brasileiras tem sido claramente reforçada por vários funcionários do alto escalão do governo dos EUA e permanece inalterada. O eventual reconhecimento dos EUA virá ao candidato que vencer a eleição presidencial como resultado da nossa determinação sobre a integridade do processo eleitoral liderado pelo TSE, e não de uma negociação com qualquer candidato ou partido político”. O posicionamento ocorreu após o encontro do encarregado de negócios, Douglas Koneff, com o candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na reunião, Koneff teria dito ao ex-presidente que Washington reconheceria rapidamente o resultado das eleições brasileiras.
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