Governo aposta em esforço concentrado do Senado para sabatinar Mendonça em novembro
Para lideranças do Planalto, ou o Senado inclui o nome ‘terrivelmente evangélico’ na lista de indicações que serão apreciadas pela Casa no próximo mês ou o ano acabará sem que o pastor presbiteriano seja ouvido
Lideranças políticas do governo no Senado apostam no esforço concentrado planejado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para a segunda quinzena de novembro para sabatinar o ex-advogado-geral da União André Mendonça. O nome “terrivelmente evangélico” foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de julho e está há mais de 100 dias na gaveta do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado responsável pelo escrutínio.
Ainda não há data definida, mas, segundo um líder governista ouvido pela Jovem Pan, a sabatina deve ocorrer na semana do dia 16 de novembro. Reservadamente, auxiliares presidenciais também avaliam que ou o Senado inclui o nome de Mendonça na lista das indicações que serão apreciadas pela Casa no próximo mês ou o ano acabará sem que o pastor presbiteriano seja ouvido pelos senadores. A sinalização de Alcolumbre de que irá marcar a sessão foi lida por parlamentares como um indício de que o presidente da CCJ possui votos para reprovar o indicado. Em agenda no Estado de Roraima, Bolsonaro admitiu que Mendonça terá dificuldades para ser aprovado. “Uma pessoa que tem um currículo invejável, que tenho conversado com ele há muito tempo, que sabe das dificuldades não para passar na sabatina, que passa com quase nota dez, mas a dificuldade na votação secreta de ter o seu nome aprovado”, afirmou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.