Masataka Ota, ex-vereador de São Paulo e pai de Ives Ota, morre aos 63 anos

Ex-vereador do PSB lutava contra câncer em estágio avançado e estava internado no Hospital Sírio Libanês; ele ganhou reconhecimento nacional após assassinato do filho de oito anos

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2021 13h33 - Atualizado em 25/02/2021 15h12
Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo/20.10.2012 Homem de cabelo preto e ascendência japonesa usando camisa branca com foto de uma criança estampada no centro dela; ele está de braços abertos e olhando para cima, com um relógio preto no pulso esquerdo e diante de um fundo branco com luzes incandescentes, similares às de um escritório fechado ou de uma redação de jornal Masataka foi vereador de São Paulo por dois mandatos

Lutando contra um câncer desde 2020, o ex-vereador da cidade de São Paulo, Masataka Ota, de 63 anos, morreu nesta quarta-feira, 24, na capital paulista. Ota, que era empresário e ganhou reconhecimento nacional após a morte do seu filho durante um sequestro na cidade em 1997, estava internado no hospital Sírio Libanês e apresentava um estágio avançado da doença. Pelas redes sociais, políticos prestaram condolências pela morte do ex-vereador e à sua esposa, deputada federal Keiko Ota. “Estendo meu carinhoso abraço a toda sua família e aos seus eleitores a quem ele procurou tão bem representar. Toda força”, afirmou o deputado Eduardo Suplicy (PT). O ex-governador Márcio França (PSB), do mesmo partido do ex-vereador, também publicou condolências públicas. “Vai finalmente abraçar seu amado filhinho, Ives Ota”, afirmou.

Ota chegou do Japão ao Brasil na década de 1950 com apenas um ano de idade e teve três filhos: Vanessa, Ives e Ises. Em 1997, perdeu o filho Ives, de 8 anos, brutalmente assassinado após um sequestro na Zona Leste da capital. O corpo do menino foi encontrado enterrado na casa de um dos responsáveis pelo crime no momento em que ele se preparava para receber o resgate. Após isso, ao lado da esposa, Ota criou a ONG Movimento Paz e Justiça Ives Ota, em busca de justiça para pessoas vítimas de violência. Ele foi eleito vereador no ano de 2012 e 2016, cumprindo dois mandatos e levantando pautas por leis mais duras para crimes hediondos e pela qualidade na educação de crianças.

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