MPF do Rio de Janeiro intima Weintraub a depor sobre vazamento de operação da PF

Ex-ministro da educação teria citado que Bolsonaro, antes de assumir o cargo de presidente, soube de operação contra filho Flávio e ex-funcionário Fabrício Queiroz

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2022 16h10
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Abraham Weintraub Abraham Weintraub foi ministro da educação por um ano e três meses; depois, assumiu cargo no Banco Mundial

O ex-ministro da educação Abraham Weintraub foi intimado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro a prestar depoimento, por ter supostamente dito que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia de operação Furna da Onça da Polícia Federal antes que ela fosse realizada. Em entrevista a um podcast, Weintraub teria dito que o presidente soube de ação que atingiria o filho dele, Flávio Bolsonaro, e o ex-funcionário de seu gabinete Fabrício Queiroz, quando já havia vencido a eleição em 2018 mas ainda não havia assumido o cargo, e a mencionou em uma reunião do governo de transição. O depoimento foi marcado para o dia 9 de março. O MPF abriu uma investigação criminal para apurar o suposto vazamento e descobrir possíveis violações de sigilo funcional no âmbito da operação.

Em entrevista à Jovem Pan News no dia 18 de janeiro, Weintraub negou que Bolsonaro tivesse informações privilegiadas, atribuindo a relatos que já estariam sendo publicados na imprensa. “Estava tendo já nos jornais um zum-zum-zum. Já tinha saído algumas coisas no jornal, um disse-que-disse, e aí o presidente reuniu, chamou todo mundo numa sala e falou que era um problema dele [de Flávio], ele que se explicasse e que não deveríamos nos preocupar com nada. O presidente não influenciou nada, não interferiu, e o Santos Cruz [ex-ministro da Secretaria de Governo] confirmou. Não recebi pedido inadequado nenhum dos filhos do presidente, ou do presidente. E se tivesse recebido eu falava”, disse o ex-ministro.

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