Nunes Marques vota pela absolvição de Bolsonaro, mas defende urnas: ‘Sistema mais avançado do mundo’
Indicado pelo ex-presidente para o STF, ministro seguiu o entendimento de Raul Araújo e votou contra a inelegibilidade por oito anos
O ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou contra a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo prazo de oito anos. O julgamento foi encerrado na tarde desta sexta-feira, 30, com placar de 5 a 2 pela condenação por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Indicado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), Marques foi o penúltimo a votar e, em sua exposição, fez uma defesa do sistema eletrônico de votação, contestado por Bolsonaro na reunião com embaixadores em julho de 2022.
“Tenho como irrefutável a integridade do sistema eletrônico de votação. Não obstante, retornando ao objeto desta ação, considero que a atuação do investigado Jair Messias Bolsonaro no evento sob investigação não se voltou a obter vantagem sobre os demais contendores no pleito presidencial de 2022”, disse o ministro. “O voto eletrônico que, como sabemos, vai muito além da urna eletrônica, é a experiência mais bem sucedida executada por todo o Judiciário brasileiro. Ouso e me orgulho a dizer que no tocante a recepção, apuração e divulgação de votos, nosso sistema é o mais avançado do mundo”, completou.
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