Parlamentares e entidades apresentam ‘superpedido’ de impeachment de Bolsonaro na Câmara
Documento cita 21 acusações contra o presidente e reúne 46 signatários, entre eles ex-aliados como Joice Hasselmann e Kim Kataguiri
Parlamentares, entidades da sociedade civil e movimentos sociais protocolaram nesta quarta-feira, 30, na Câmara dos Deputados, um “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O documento tem 46 signatários e reúne argumentos já apresentados em outros mais de 100 pedidos de afastamento do presidente. Foram citadas 21 acusações de supostos crimes, entre elas as recentes denúncias de propina na compra de vacinas contra a Covid-19. Após protocolarem o superpedido, os parlamentares e representantes de movimentos sociais se reuniram em uma coletiva de imprensa. Entre os presentes estavam a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ) e outros deputados de esquerda, como Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ). Parlamentares de direita como Kim Kataguiri (DEM-DF) e Joice Hasselmann (PSL-SP), que já foram aliados de Bolsonaro, também discursaram no evento e pediram o afastamento do presidente. A abertura do processo de impeachment depende do presidente da Câmara, Arthur Lira, que já disse algumas vezes não ver condições políticas para a tramitação. Gleisi Hoffmann, no entanto, disse que os signatários vão fazer pressão pela aceitação. “Esse superpedido é resultado do esforço de atores políticos, entidades sociais, personalidades e sociedade civil de diferentes matizes que em comum querem livrar o país de um presidente que, além de não ter condições de governar, leva o país a um desastre”, afirmou.
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