PF diz não ver sinais de adulteração em vídeo íntimo atribuído a Doria; governador critica

Perito não conseguiu identificar as seis mulheres presentes nas imagens devido à baixa resolução

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2022 16h34
FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO João Doria, governador de São Paulo Doria afirmou que caso está sendo "ressuscitado" para prejudica-lo politicamente

O Instituto de Criminalística da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo concluiu em um laudo que não há sinais de adulteração no vídeo íntimo atribuído ao governador paulista, João Doria (PSDB), que surgiu durante as eleições de 2018. Nas imagens, Doria apareceria deitado em uma cama enquanto seis mulheres aparecem, e uma delas começa a fazer sexo oral no homem. “O perito analisou a direção da iluminação, disposição de personagens e objetos e suas relações na imagem, assim como a continuidade do sinal de áudio, não encontrando sinais de adulteração nas imagens examinadas”, diz trecho do laudo, que ainda afirma que não foi possível identificar as seis mulheres presentes nas imagens, motivação inicial para que fosse produzido.

Em nota oficial, o governador criticou o laudo e afirmou que a intenção é de prejudica-lo enquanto a eleição presidencial de 2022 se aproxima. “Fui surpreendido hoje com a informação de que a Polícia Federal decidiu ressuscitar a investigação de um caso da eleição de 2018, que se tornou o maior crime eleitoral já realizado contra um candidato na história do Brasil, justamente quando se aproximam as próximas eleições presidenciais. É revoltante que Polícia Federal não tenha investigado os autores do crime em 2018. Agora, quatro anos depois do episódio, utiliza essa fake news não para elucidar o caso, mas para atingir a vítima desta armação sórdida”, afirma o governador. Em 2018, Doria alegou que o vídeo era falso e atribuiu a divulgação ao concorrente na disputa pelo governo estadual, Márcio França (PSDB), o que levou França a processá-lo. Confira a nota completa da defesa de Dória.

“Fui surpreendido hoje com a informação de que a Polícia Federal decidiu ressuscitar a investigação de um caso da eleição de 2018, que se tornou o maior crime eleitoral já realizado contra um candidato na história do Brasil, justamente quando se aproximam as próximas eleições presidenciais.

Laudos independentes produzidos na época do episódio comprovaram de maneira cristalina que o vídeo em questão é uma fraude primária. A Revista Veja publicou em outubro de 2018 documento técnico que comprovou “alterações digitais” e manipulação. Um segundo laudo independente também comprovou a fraude desse vídeo.

É revoltante que Polícia Federal não tenha investigado os autores do crime em 2018. Agora, quatro anos depois do episódio, utiliza essa fake news não para elucidar o caso, mas para atingir a vítima desta armação sórdida.

Lamentavelmente, uma parte da instituição de Estado tem sido utilizada para propósitos políticos, como já ocorreu recentemente com outros pré-candidatos à presidência. É uma afronta ao Estado Democrático de Direito.Não me intimidei na época desse crime e não me intimidarei com essa tentativa rasa para prejudicar a minha pré-candidatura.

A determinação de construir um país mais justo, próspero e pacificado é maior do que a tentativa torpe de atacar a minha honra e da minha família.”

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