PF tem até dia 28 de janeiro para tomar depoimento de Bolsonaro sobre vazamento de inquérito sigiloso

Prazo foi estabelecido por um despacho do ministro Alexandre de Moraes; presidente divulgou dados confidenciais da investigação durante uma transmissão ao vivo

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2022 16h59
JOÃO GABRIEL RODRIGUES/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 12/01/2022 O presidente Jair Bolsonaro Além de Jair Bolsonaro, deputado Filipe Barros (PSL-PR), que também estava na live, é alvo da investigação

A Polícia Federal tem até o dia 28 de janeiro para tomar depoimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o vazamento do inquérito sigiloso que apura um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo foi estabelecido por um despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No dia 29 de julho de 2021, o presidente divulgou, durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, a íntegra de um inquérito sigiloso da PF a respeito de uma invasão de hackers aos sistemas do TSE durante as eleições de 2018. Segundo o Tribunal, o fato dos invasadores terem tido acesso a códigos-fonte não alterou o processo eleitoral, já que não houve alteração nas urnas eletrônicas.

Na época do vazamento realizado pelo chefe do Executivo, a investigação ainda não estava finalizada. O deputado Filipe Barros (PSL-PR), que também estava na live, é outro alvo da investigação. O parlamentar e o na época delegado da PF Victor Neves Feitosa Campos, que era o responsável pelo inquérito sobre o ataque ao TSE, já prestaram depoimento – o delegado é suspeito de ter feito o vazamento para Bolsonaro e foi afastado da investigação, também por determinação de Moraes. O magistrado quer entender como o presidente teve acesso a esses dados confidenciais e o porquê deles terem sido divulgados por Bolsonaro.

*Com informações da repórter Paola Cuenca

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