Temer diz que não se arrepende de ter ajudado Bolsonaro a escrever carta para o STF

Ex-presidente também defende que Dilma apareça em campanhas eleitorais do PT por ter ‘presença nacional’

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2022 16h04
Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo Chefes de Estado se abraçam em cerimônia pública Temer foi o antecessor de Bolsonaro e o ajudou em crise com o STF após o dia 7 de setembro de 2021

O ex-presidente Michel Temer afirmou que não se arrepende de ter ajudado o atual ocupante do cargo, Jair Bolsonaro (PL), a escrever uma carta para acalmar a crise com o Supremo Tribunal Federal (STF) após o mandatário ofender ministros da corte nas comemorações do dia 7 de setembro, em 2021. “Deu resultado naquele momento. Nós evitamos uma grande conflagração até de natureza civil que poderia ocorrer”, afirmou Temer em entrevista ao podcast ‘Descomplica, Kelly!’, da jornalista gaúcha Kelly Mattos. Bolsonaro havia chamado Alexandre de Moraes de ‘canalha’ e dito que Luis Roberto Barroso ‘entendia de terrorismo’, além de acusar os dois de tentarem cassar liberdades democráticas e ‘deveriam se enquadrar’. No dia 12 de setembro, o presidente encaminhou uma carta, escrita com a ajuda de Temer, para acalmar a crise e dizendo que as declarações foram ‘no calor do momento’.

Em outro ponto, Temer também comentou que o PT deveria usar a imagem da ex-presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral deste ano. “É um equívoco ignorar, porque ela tem presença, e tem uma presença também nacional, acho que pode ser utilizada”, avaliou Temer. Para ele, Dilma ‘ainda tem seus adeptos’. Temer foi vice de Dilma, que sofreu impeachment em 2016, com mais de dois anos do mandato ainda por completar, e contava com popularidade baixíssima.

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