Polícia Federal diz que plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto

Segundo a PF, detalhes do plano foram corroborados por documentos apreendido e pela colaboração de Mauro Cid; possibilidade de envenenamento do presidente teria sido cogitada

  • Por da Redação
  • 19/11/2024 16h13 - Atualizado em 19/11/2024 18h01
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ONOFRE VERAS/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Movimentação da sede da Superintendência da Polícia Federal, no centro da cidade do Rio de Janeiro Movimentação da sede da Superintendência da Polícia Federal, no centro da cidade do Rio de Janeiro

O plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes foi discutido em um encontro realizado em 12 de novembro de 2022, na residência do general da reserva Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e vice na chapa derrotada nas eleições daquele ano. Essa informação foi revelada em um documento da Polícia Federal, que levou à prisão de quatro militares e um policial federal. O general Mauro Cid confirmou a reunião, que tratou do “planejamento operacional” dos chamados “kids pretos” (oriundos do Grupo de Elite do Exército) e da criação de um gabinete de crise para restaurar a legalidade e a estabilidade institucional.

De acordo com as investigações, o encontro contou com a presença de militares ligados ao Exército e à administração Bolsonaro, como o tenente-coronel Mauro Cid, o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. A reunião teria marcado o início do monitoramento de Moraes e o planejamento de ações clandestinas. Entre as propostas, estava o uso de veneno para atacar Lula, considerando sua saúde na época. Os detalhes do plano foram corroborados por documentos apreendidos pela PF e pela colaboração de Mauro Cid, que atualmente auxilia a Justiça. O material incluía um arquivo intitulado Copa 2022, que listava necessidades logísticas e orçamentárias para as ações, com envolvimento dos chamados “kids pretos”.

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Além disso, foram identificadas mensagens em aplicativos que confirmavam o desenvolvimento do esquema. A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva contra quatro militares e um policial federal, incluindo o general Mário Fernandes e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. Outras medidas cautelares também foram determinadas, como a proibição de contato entre os investigados e a suspensão de funções públicas. O general Braga Netto, figura de destaque no governo Bolsonaro, é apontado como um dos principais envolvidos na tentativa de golpe de Estado para reverter a derrota eleitoral de 2022. Segundo a PF, ele dificilmente escapará de indiciamento no inquérito. Até o momento, Braga Netto não se manifestou sobre as acusações.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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