Por que a CPI da Covid-19 desistiu de ouvir a advogada de Bolsonaro
Ao menos por enquanto, cúpula da comissão não possui indícios ou provas do envolvimento de Karina Kufa em eventual ato ilícito
No domingo, 12, em reunião virtual do grupo majoritário da CPI da Covid-19, os senadores fizeram algumas alterações no calendário de oitivas desta reta final de trabalhos da comissão. Na quinta-feira, 16, seria ouvida a advogada Karina Kufa, que defende o presidente Jair Bolsonaro, mas os parlamentares decidiram convocar Danilo Trento, diretor da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin junto ao Ministério da Saúde.
A cúpula da comissão decidiu desmarcar o depoimento da advogada porque, ao menos por ora, não possui indícios ou provas do envolvimento de Karina Kufa em eventual ato ilícito. A representante do presidente Jair Bolsonaro entrou na mira da comissão porque seu nome aparece em trocas de mensagens com Marconny Albernaz de Faria, lobista da Precisa – o conteúdo foi repassado à CPI da Covid-19 pelo Ministério Público Federal do Pará. Além disso, Karina promoveu um churrasco em sua residência que contou com a presença de Faria e José Ricardo Santana, que deixou um cargo de diretor em um órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para trabalhar com Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, na pasta.
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