Por que a CPI da Covid-19 desistiu de ouvir a advogada de Bolsonaro

Ao menos por enquanto, cúpula da comissão não possui indícios ou provas do envolvimento de Karina Kufa em eventual ato ilícito

  • Por André Siqueira
  • 14/09/2021 10h03
Reprodução Mulher de óculos discursa Karina Kufa seria ouvida na quinta-feira, 16, mas oitiva foi desmarcada

No domingo, 12, em reunião virtual do grupo majoritário da CPI da Covid-19, os senadores fizeram algumas alterações no calendário de oitivas desta reta final de trabalhos da comissão. Na quinta-feira, 16, seria ouvida a advogada Karina Kufa, que defende o presidente Jair Bolsonaro, mas os parlamentares decidiram convocar Danilo Trento, diretor da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin junto ao Ministério da Saúde.

A cúpula da comissão decidiu desmarcar o depoimento da advogada porque, ao menos por ora, não possui indícios ou provas do envolvimento de Karina Kufa em eventual ato ilícito. A representante do presidente Jair Bolsonaro entrou na mira da comissão porque seu nome aparece em trocas de mensagens com Marconny Albernaz de Faria, lobista da Precisa – o conteúdo foi repassado à CPI da Covid-19 pelo Ministério Público Federal do Pará. Além disso, Karina promoveu um churrasco em sua residência que contou com a presença de Faria e José Ricardo Santana, que deixou um cargo de diretor em um órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para trabalhar com Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, na pasta.

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