PSL formaliza expulsão de Gil Diniz e Douglas Garcia do partido

Deputados foram informados da expulsão em 28 de junho, por causa das investigações do Supremo sobre o envolvimento no esquema de disseminação de notícias falsas

  • Por Carolina Fortes
  • 07/10/2020 21h37 - Atualizado em 08/10/2020 00h48
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Reprodução/Facebook Nas redes sociais, Gil Diniz questionou o fato da Alesp só ter aceitado agora o pedido de expulsão

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) formalizou nesta quarta-feira, 7, em publicação no Diário Oficial, a expulsão do PSL dos deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz, conhecido como “Carteiro Reaça”. A decisão foi tomada em uma reunião do Conselho de Ética da Executiva nacional do partido em São Paulo no mês de julho, mas só hoje foi oficializada. Segundo o PSL, tanto Garcia quanto Diniz feriram o código de ética do estatuto do partido, que “veda atividades políticas contrárias ao regime democrático, caracterizadas pela conduta dos dois deputados em manifestações que atentam contra o STF e seus ministros”. Ambos são investigados no inquérito que apura a disseminação de fake news e ofensas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na publicação no Diário Oficial, a Alesp solicitou a remoção dos deputados “dos quadros do PSL”, bem como “das vagas que porventura ocupem em razão da proporcionalidade partidária nas Comissões Permanentes e Temporárias da Assembleia Legislativa, bem como no Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares”. Os deputados foram informados da expulsão em 28 de junho, por causa das investigações do Supremo sobre o envolvimento no esquema de disseminação de notícias falsas. “Aos dois representados foi dado irrestrito direito de defesa, onde não negaram os fatos a eles imputados”, disse o documento distribuído pelo PSL à época.

Nas redes sociais, Gil Diniz questionou o fato da Alesp só ter aceitado agora o pedido de expulsão. “Logo no meio da votação do Projeto 529 que vai aumentar impostos em SP? Coincidência?”, escreveu. Diniz e Garcia se colocaram contra o PL, de autoria da equipe do governador João Doria, que propõe uma série de ajustes na administração para corte de custos. A gestão estima um déficit de cerca de R$ 10 bilhões na arrecadação no ano que vem.

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