Renan Calheiros inclui diretor da Prevent Senior em lista de investigados da CPI

Pedro Batista Júnior está sendo questionado sobre prescrição de ‘kit-Covid’ e denúncias de que empresa fraudou atestados de óbitos de pacientes

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2021 13h59 - Atualizado em 22/09/2021 18h56
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Pedro França/Agência Senado O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros, durante sessão do colegiado Decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 22

O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, na lista de investigados pela comissão. Com isso, chega a 32 o número de pessoas alçadas a esta condição. “Adicionalmente, mandarei as informações desta CPI para a Procuradoria de Justiça do Estado de São Paulo, porque os fatos aconteceram lá e há desejo e propósito do Ministério Público de São Paulo em esclarecer essa situação”, disse o emedebista.

O depoente está sendo questionado sobre prescrição de ‘kit-Covid’, composto por medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da doença, e denúncias de que a empresa fraudou atestados de óbitos de pacientes – de acordo com o dossiê elaborado por 15 médicos e ex-médicos da Prevent Senior, enviado à CPI, duas das pessoas que tiveram o registro da morte alterado foram o médico Anthony Wong e a mãe do empresário Luciano Hang. Os dois foram internados em unidades da operadora de saúde.

“A mãe do senhor Luciano Hang se internou com Covid. A doença primária desenvolve complicações, insuficiência renal, microtromboembolia, por exemplo. Mas o atestado de óbito não fala em Covid. É a manipulação da vida das pessoas”, disse o senador Otto Alencar (PSD-BA). Antes do intervalo da sessão, Pedro Batista admitiu que, após 14 dias de internação, a Prevent mudava o código de Covid-19 para outra doença. “A mensagem é clara: todos os pacientes com suspeita ou confirmados de Covid, na necessidade de isolamento, quando entravam no hospital, precisavam receber o B34.2, que é o código de Covid, e, após 14 dias, ou 21 dias, para quem estava em UTI, se esses pacientes já tinham passado dessa data, o código poderia já ser modificado, porque eles não representavam mais risco para a população do hospital”, disse. “Eles consideram que, depois de 14, 21 dias, a pessoa infectada não tem mais Covid-19. Isso é uma fraude”, afirmou Humberto Costa (PT-PE).

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