Sem citar Pazuello, Bolsonaro afirma que ‘ninguém interfere na decisão’ do Exército

Em live, presidente deu a declaração horas após o Exército arquivar uma investigação contra o ex-ministro da Saúde; chefe do Executivo reiterou que ‘existe punição nas Forças Armadas’

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2021 21h30
Imagem: Reprodução/Jovem Pan Bolsonaro faz live nesta quinta-feira, 3 Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira, 3, que existe punição disciplinar nas Forças Armadas

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira, 3, que existe punição disciplinar nas Forças Armadas e que ninguém interfere na decisão do chefe imediato. Apesar do comentário fazer referência à decisão do Exército de arquivar a investigação contra o general  Eduardo Pazuello por participação em ato político, Bolsonaro não citou o nome do ex-ministro da Saúde. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, estava junto com o chefe do Executivo na live. “A frase ‘pode tentar explicar, mas não se justificar’ é uma máxima militar, mas se o soldado faz algo equivocado pode sim se explicar e retificar porque às vezes acontece um acidente ou alguma outra coisa. A punição existe nas Forças Armadas. Ninguém interfere, a decisão é do chefe imediato do soldado ou do comandante da unidade. A disciplina só existe porque realmente nosso código disciplinar é bastante rígido”, afirmou.

Para ilustrar a situação, Bolsonaro lembrou de uma desavença que teve com um soldado quando ainda era tenente. O presidente disse que, naquela época, recebeu de um subcomandante a ordem para “se colocar no lugar de quem estava punindo” e analisar se a transgressão do soldado “procedia com a rigidez da punição que ele havia previsto”. Além disso, analisou que a oposição deseja que responda por cada uma das denúncias apresentadas contra ele. “Não é porque você foi acusado de alguma coisa…eu duvido de quem diz que nunca foi acusado de alguma coisa. Às vezes a acusação procede, outras vezes não. O ônus da prova cabe a quem acusa”, continuou o chefe do Executivo.

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