Senadores da CPI desistem de pedir o indiciamento de Guedes, relata Randolfe

Ponto era polêmico dentre o ‘grupo majoritário’ da Comissão; senador afirma que não se pode prejudicar mais a economia brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2021 23h25
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Ministro revisou o aumento do corte no Imposto de Renda para empresas pela segunda vez nesta semana CPI considerava indiciar Guedes por considerar que o Ministério da Economia defendeu 'imunidade de rebanho'

O grupo majoritário da CPI da Covid-19 desistiu de incluir o ministro da economia, Paulo Guedes, entre os indiciados no relatório final da comissão, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Randolfe era um dos senadores que defendiam o indiciamento por considerar que documentos indicavam que a pasta comandada por Guedes incentivou o governo federal a levar a ‘imunidade de rebanho’ como estratégia para o combate à pandemia. Ao explicar porque a escolha por não denunciar Guedes, o senador amapaense afirmou que não se poderia prejudicar a economia brasileira, e que se o nome do ministro fosse incluído no relatório, a inflação e a cotação do dólar poderiam subir em resposta.

A votação do relatório final da CPI está marcada para ocorrer nesta terça, 26. O documento de autoria de Renan Calheiros (MDB-AL) pede o indiciamento de 66 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus três filhos com cargos políticos, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), além de outros nomes como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Para ser aprovado, o relatório precisa da maioria da CPI, ou seja seis dos onze votos. Até o momento, o grupo majoritário da comissão é formado por sete senadores de oposição ou neutros, e o minoritário por quatro governistas. Caso seja aprovado, o documento será encaminhado a órgãos de fiscalização e controle, sobretudo o MPF (Ministério Público Federal), por meio da PGR (Procuradoria-Geral da República); e o Ministério Público dos estados (com foco no Distrito Federal e em São Paulo, onde já existem investigações em andamento).

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