Sócio da Precisa Medicamentos diz que não vai à CPI da Covid-19

Defesa de Francisco Maximiano afirmou que empresário cumpre quarentena em razão de viagem recente à Índia; depoimento estava marcado para a quarta-feira, 23

  • Por André Siqueira
  • 22/06/2021 15h04 - Atualizado em 22/06/2021 16h17
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Jefferson Rudy/Agência Senado Cúpula da CPI da Covid-19 na primeira sessão Precisa Medicamentos intermediou a compra da vacina Covaxin

O empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, afirmou que não vai à CPI da Covid-19. Ele era aguardado para depor nesta quarta-feira, 23. A empresa intermediou a compra da vacina Covaxin, fabricada pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. Segundo ofício enviado aos senadores, Maximiano disse que está cumprindo quarentena de 14 dias em razão de uma viagem recente à Índia. Na petição, a defesa afirma que o convocado desembarcou no Brasil na terça-feira, 15. Além disso, os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que defendem Maximiano e a Precisa Medicamentos, pedem acesso aos autos da comissão.

“Em decorrência da quarentena obrigatória que o ora peticionário está cumprindo, estes subscritores vêm comunicar, formalmente, a Vossa Excelência, a impossibilidade do seu comparecimento ao depoimento designado para o próximo dia 23.06. Conforme se depreende da documentação em anexo, o peticionário desembarcou no Brasil, mais especificamente no aeroporto internacional de Guarulhos, no último dia 15.06, provindo de viagem da Índia”, diz o documento enviado ao senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão.

Em resposta ao pedido, o secretário da comissão disse que a CPI aguarda a presença de Francisco Maximiano. “Se o depoente não se fizer presente, a ausência será considerada injustificada, e serão adotados os mesmos procedimentos que a comissão adotou em relação ao Sr. Carlos Wizard”, ressalta o servidor. “Ainda, ressalto que a comunicação de não comparecimento se deu de forma absolutamente extemporânea, de modo a inviabilizar as atividades da CPI amanhã. Nitidamente o depoente busca atrapalhar as investigações do colegiado. Ressalto: a ausência será considerada injustificada e serão adotados os procedimentos previstos no art. 3º, §1º, da Lei 1579/1929”, acrescenta.

Em nota, a defesa de Maximiano afirma que o empresário e a Precisa Medicamentos estão à disposição “para desmentir as inverdades que maliciosamente vem sendo difundidas, prestar os devidos esclarecimentos e mostrar como a contratação da vacina Covaxin obedeceu a todos os critérios de integridade, valor de mercado e interesse público”. “A defesa de Francisco Maximiano e da Precisa Medicamentos protocolou petição junto à CPI, informando que o empresário encontra-se cumprindo quarentena imposta pela ANVISA, em razão de ter feito viagem recente à Índia. Além disso, Francisco e a Precisa requereram acesso aos autos da CPI, colocando-se à disposição das autoridades para desmentir as inverdades que maliciosamente vem sendo difundidas, prestar os devidos esclarecimentos e mostrar como a contratação da vacina Covaxin obedeceu a todos os critérios de integridade, valor de mercado e interesse público”, dizem os advogados.

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