União Brasil fecha apoio a Rodrigo Garcia e deve indicar vice para chapa do tucano

Anúncio será feito nesta terça-feira, 21; em São Paulo, vice-governador também selou aliança com o MDB e espera atrair o Cidadania para o seu palanque

  • Por André Siqueira
  • 20/12/2021 16h32
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, em coletiva Rodrigo Garcia será o candidato do PSDB ao governo de São Paulo em 2022

O União Brasil, que surgirá da fusão entre DEM e PSL, ainda não teve a sua criação homologada pela Justiça Eleitoral, mas já se movimenta nos bastidores de olho nas eleições de outubro do ano que vem. Nesta terça-feira, 21, o novo partido irá anunciar apoio formal à candidatura do vice-governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes. Garcia deve assumir a gestão da máquina paulista em abril, quando se espera que o governador João Doria (PSDB) deixe o comando do Estado para disputar a Presidência da República. Em São Paulo, os tucanos também selaram uma aliança com o MDB para a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes e aguardam o apoio do Cidadania.

Nas últimas semanas, integrantes do União Brasil vinham discutindo qual posição ocupariam na chapa de Rodrigo Garcia. Segundo apurou a Jovem Pan, havia a possibilidade de o novo partido escolher o candidato ao Senado por São Paulo, mas os dirigentes da sigla optaram por indicar o vice-governador. Um dos nomes mais cotados é o do deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP). Procurado pela reportagem, Bozzella confirmou as tratativas para a escolha do vice, mas ressaltou que ainda não há definição. “Se lá na frente houver um entendimento de que meu nome representa a melhor opção, estarei à disposição”, afirmou à Jovem Pan.

Apesar do acordo, a aliança entre o União Brasil e o PSDB em São Paulo não deve se refletir na esfera nacional. Como a Jovem Pan mostrou, o partido que surgirá da fusão entre DEM e PSL avançou no entendimento para indicar o candidato a vice-presidente na chapa do ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato do Podemos à Presidência da República. A ideia é bem vista por aliados de Moro em razão da capilaridade do União Brasil. Nos cálculos de políticos que acompanham as negociações de perto, a aliança oferecia ao ex-ministro do governo Bolsonaro palanques em aproximadamente 12 Estados. Parlamentares do PSL também afirmam que a eventual escolha do deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE) para o posto ajudaria a diminuir a resistência ao ex-juiz da Operação Lava Jato dentro do Congresso – o parlamentar pernambucano é o primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

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