‘Vamos convocar Anderson Torres até ele falar’, diz presidente da CPI da Câmara Legislativa do DF

Deputados que integram comissão não querem que ex-secretário de Segurança Pública seja algemado durante depoimento

  • Por Bruno Pinheiro
  • 06/03/2023 17h24 - Atualizado em 06/03/2023 17h51
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Wesley Amaral/Câmara dos Deputados Anderson Torres Anderson Torres foi convocado para depor na quinta-feira, 9, mas pediu ao STF para não comparecer

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos do dia 8 de Janeiro, instalada pela Câmara Legislativa (CLDF), ainda aguarda um posicionamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a ida do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, convocado para prestar esclarecimentos, à comissão. Logo que convocado, Torres adiantou que não quer falar. Recorreu ao STF para ficar em silêncio. Preso desde o dia 14 de janeiro no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro também pediu para não ser obrigado a comparecer à oitiva. A defesa de Torres alega que ele já foi ouvido pela Polícia Federal (PF) e que o processo, no Supremo, não está em segredo de Justiça. Os advogados afirmam que, em razão disso, todas as informações podem ser consultadas pelos deputados distritais.

À Jovem Pan News o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), disse nesta segunda-feira, 6, que está aguardando Moraes determinar o comparecimento de Anderson Torres. Segundo o deputado, o prazo estimado para resposta é até a quarta-feira, 8. “Nós vamos fazer todas as perguntas necessárias. Se ele ficar calado, certamente vamos convocá-lo novamente, até ele falar. Se está calado é porque tem muito a esconder”, afirmou Vigilante à reportagem. Prevendo uma sessão mais longa, Anderson Torres é aguardado na quinta-feira, 9, às 9h. Preso desde que retornou de Orlando, nos Estados Unidos, os deputados distritais não querem que o ex-secretário fique algemado durante o interrogatório. “[Torres] Vai [depor] como um civil normal. Não vou permitir que ele seja algemado durante a sessão. Para nós, ele não é um preso, é um convocado”, finalizou o presidente da CPI.

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