Possível presença de jihadistas nos EUA preocupam autoridades americanas

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2014 18h07

Tucson (EUA.), 8 set (EFE).- A possibilidade de que integrantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) possam entrar aos Estados Unidos pela fronteira com o México preocupa a autoridades locais, que pedem ao governo federal medidas preventivas.

“É uma preocupação que temos, devido ao EI estar falando diretamente sobre a fronteira dos EUA. Achamos que o governo federal, da mesma forma que o Serviço de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP), necessita tomar medidas antes que possam chegar em nosso país”, disse à Agência Efe Shawn Moran, vice-presidente da União Nacional da Patrulha Fronteiriça (NBPC).

O sindicato, que representa cerca de 17 mil agentes da Patrulha Fronteiriça, considera que não se deve esperar um possível “ataque” contra agentes fronteiriços ou civis, por isso considera melhor tomar todas as medidas preventivas possíveis.

Vários rumores de que membros de EI estão colaborando com cartéis mexicanos para atravessar a fronteira foram disseminados nas redes sociais nas últimas semanas.

“Todo o tempo estamos recebendo este tipo de rumor sobre grupos que querem causar danos aos EUA. Obviamente isto envolve os três níveis de governo, incluindo nós, por isso estamos esperando para responder a qualquer tipo de situação, seja narcotráfico, seja imigrantes ilegais ou, neste caso, possíveis terroristas”, disse à Efe Tony Estrada, xerife da cidade de Nogales (Arizona).

Estrada, no entanto, afirmou que no momento não há informação sobre presença de jihadistas na fronteira por conta do recente reforço da vigilância.

O xerife Joe Arpaio, de Maricopa, no Arizona, sugeriu em entrevista recente que as autoridades federais trabalhem junto às mexicanas para detectar a presença de grupos terroristas.

O governador do Texas, Rick Perry, enviou mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira mexicana para colaborar com a polícia estadual e a Patrulha Fronteiriça no combate à imigração ilegal.

Perry chegou a dizer que há uma “possibilidade real” de que jihadistas tenham entrado nos EUA pela fronteira com o México.

O governo mexicano, por meio de sua embaixada em Washington, assegurou não ter indícios de que os extremistas tenham pisado em solo americano e ressaltou a troca de informação constante entre os países.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve apresentar na próxima quarta-feira seu plano para “derrotar” o grupo islamita, que controla zonas na Síria e Iraque e que foi responsável pela morte dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley. EFE

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