Primeiro-ministro designado do Iraque pede “unidade contra o terrorismo”

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2014 14h43

Bagdá, 12 ago (EFE).- O primeiro-ministro designado do Iraque, Haidar al Abadi, pediu nesta terça-feira a todos os iraquianos “unirem suas forças para fazer frente à ameaça do terrorismo” e assinalou essa como sua principal prioridade, informou seu escritório em comunicado.

“O Iraque enfrenta hoje muitos desafios encaminhados a manter sua unidade, seu tecido social e seus componentes, o que requer uma combinação de esforços de todos para lutar contra o terrorismo, uma de nossas prioridades, já que ameaça o país como Estado”, advertiu.

Neste aspecto, Abadi fez uma chamada a todas as forças políticas que “fazem parte da Constituição e do processo político democrático” a somar suas forças em resposta aos desafios.

De acordo com o primeiro-ministro designado, “essa unidade não serviria apenas para formar o novo governo, mas para desenvolver uma vontade nacional única e comum que permita solucionar os problemas constitucionais, políticos e econômicos do Iraque”.

Abadi convocou as Forças Armadas, a Polícia, os voluntários e os clãs aliados para defender a pátria e felicitou aqueles que lutaram para proteger a unidade e a segurança dos iraquianos.

Peço aos países amigos e organizações internacionais e regionais a se posicionar junto ao Iraque nestas “sensíveis circunstâncias” para lutar contra o Estado Islâmico (EI), que cometeu “massacres” contra o povo iraquiano.

O novo primeiro-ministro alertou sobre a ameaça que os jihadistas do EI representam para todos os países da região, assim como para a paz e a segurança internacionais.

Além disso, Abadi elogiou os “esforços realizados” pelo primeiro-ministro em fim de mandato, Nouri al-Maliki, e seu Executivo para enfrentar o terrorismo e para construir o Estado iraquiano, e ressaltou que este seguirá sendo “irmão, companheiro e parceiro no processo político”.

O novo presidente iraquiano, Fouad Massoum, encarregou ontem Abadi de formar um novo governo no país para substituir o de Maliki, para o qual terá um prazo de 30 dias.

O levantamento insurgente no norte do país deixou boa parte do país fora de controle e provocou uma crise política que impossibilitou a escolha das novas autoridades iraquianas, as quais deveriam ser eleitas logo após o pleito parlamentar realizado no último mês de abril.

Os jihadistas do EI tomaram a cidade de Mossul, a segunda maior do país, no último dia 10 de junho e, desde então, continuam seus avanços para ampliar o “califado” proclamado nos territórios sob seu controle entre Iraque e Síria. EFE

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