Procurador da Justiça federal afirma estar à espera de prazo de 20 dias para “buscar” Pizzolato

Henrique Pizzolato

Petista da quadrilha do Mensalão capturado na Itália será recolhido por policiais federais, revela procurador da Justiça Federal. Vladimir Aras explicou que agora está a espera do início da contagem do prazo de 20 dias para buscar Henrique Pizzolato.

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil está devendo 12 anos e 7 meses no presídio da Papuda por ladroagens diversas no Mensalão do PT. Para Vladimir Aras, a Itália considerou a roubalheira tão grave que, pela primeira vez, decidiu extraditar um cidadão italiano para o Brasil.

Deputada brasileira no Parlamento italiano enfatizou que não se repetiu o que considera “palhaçada” brasileira no caso Césare Battisti, no Governo Lula. Renata Bueno lembrou que enquanto o Brasil protegeu um terrorista em 2010, a Justiça da Itália recusou afagos ao petista mensaleiro.

“Agora a Itália mostra para o Brasil como é que se faz. Comparado ao caso de Cesare Battisti, que o Brasil fez aquela palhaçada de não mandar um italiano que matou pessoas e negou extradição dessa pessoa”, disse.

Professor de Direito Processual Internacional da PUC-São Paulo também considerou que o ex-presidente Lula agiu politicamente no Caso Battisti. Cláudio Langroiva Pereira enfatizou que a questão do mensaleiro petista Henrique Pizzolato teve solução rigidamente jurídica na Itália. “A análise política prevaleceu ante a análise jurídica naquele caso”.

O senador tucano do Paraná lembrou ainda que o Brasil passou vergonha no mundo com a decisão do ex-presidente Lula de proteger Cesare Battisti. Álvaro Dias acrescentou que agora nenhum dos delinquentes do Mensalão poderá dizer que escapou das penas impostas pela Suprema Corte.

“A atuação do Brasil naquele momento e naquele contexto foi deplorável. Agora a Justiça italiana atua de forma diferente. Com a extradição do Pizzolato, a aJustiça brasileira poderá completar a sua tarefa”, finalizou.

O Governo brasileiro informou à Itália que Henrique Pizzolato cumprirá pena na chamada “Ala dos Vulneráveis” no presídio da Papuda. Esse setor da prisão também é conhecido como “seguro” e é onde ficam reeducandos de facções criminosas minoritárias na cadeia.