Rabinos pedem que Kerry pare de mediar processo de paz para não ser punido

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2014 14h42
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Jerusalém, 5 fev (EFE).- Um grupo de rabinos isralenses advertiu nesta quarta-feira que se o secretário de Estado americano, John Kerry, não parar de mediar o atual processo de paz entre israelenses e palestinos, terá que fazer frente a uma resposta divida, informou a imprensa local.

Os rabinos, que dizem integrar o autodenominado “Comitê para Salvar a Terra e o Povo de Israel”, afirmam em carta enviada a Kerry no domingo que seus esforços de mediação entre as partes representa uma afronta considerada uma declaração de guerra contra Deus.

“Seus incessantes esforços para expropriar partes integrais de nossa Terra Santa e entregá-las a grupos terroristas do (presidente palestino, Mahmoud) Abbas, são equivalentes a uma declaração de guerra contra o Criador e Governante do universo”, disseram.

Além disso, o grupo rejeita firmemente a proposta de que os palestinos estabeleçam sua capital em Jerusalém Oriental, e censura um suposto plano de Kerry para situar os israelenses na primeira linha de fogo, “pondo em perigo seis milhões de judeus”.

A carta adverte, além disso, ao chefe da diplomacia americana que, se seguir adiante com seus trabalho, ganhará “a desgraça infinita na história judia por ter levado o povo judeu à calamidade”, somando-se a figuras como Nabucodonosor II e o imperador romano Tito.

Os rabinos explicaram que da mesma forma que estes dois monarcas -a quem se soma Hamán, o vilão que aparece no Livro de Esther-, Kerry poderia sofrer uma resposta divina por sua afronta ao povo eleito de Deus.

Os signatários da carta, procedentes de diferentes pontos do país, asseguram representar dezenas de outros rabinos em Israel e no resto do mundo.

O secretário de Estado americano é o principal impulsor e mediador no atual processo de diálogo entre israelenses e palestinos desde julho e trata de formular um acordo que seja aceito pelas partes como ponto de partida para uma solução definitiva ao conflito do Oriente Médio. EFE

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