Renuncia primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov

  • Por Agencia EFE
  • 28/01/2014 07h50

"O mais importante agora é conservar a unidade e a integridade da Ucrânia" EFE Ex-primeiro-ministro da Ucrânia

Kiev, 28 jan (EFE).- O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, apresentou sua renúncia, enquanto a Rada Suprema (Parlamento) está reunida em Kiev para abordar a crise do país, informou nesta terça-feira o gabinete de imprensa do governo.

Em sua carta de renúncia, Azarov afirmou que deixava o cargo “para criar possibilidades adicionais de se conseguir um acordo político e social e em prol de um ajuste pacífico” do conflito de dois meses entre as autoridades e a oposição, que mantém milhares de manifestantes nas ruas.

“Durante o confronto, o governo fez tudo para conseguir uma solução pacífica ao conflito. Fizemos tudo para impedir o derramamento de sangue, a escalada da violência e a violação dos direitos civis”, afirmou em sua carta ao presidente, Viktor Yanukovich.

“O governo garantiu o funcionamento da economia e do sistema de seguridade social em condições extremas”, acrescentou.

Azarov considera que em todo o tempo em que esteve no cargo fez “tudo para que a Ucrânia pudesse se desenvolver como um Estado europeu, democrático”.

“Tomei decisões e assumi responsabilidades para servir aos interesses do povo ucraniano, e por isso posso olhar nos olhos de cada cidadão, de cada compatriota”, disse.

Mas ressaltou que “o mais importante agora é conservar a unidade e a integridade da Ucrânia, isto é muito mais importante que qualquer plano ou ambição pessoal”.

“Precisamente, por isso, tomei esta decisão”, explicou. Azarov assumiu a chefia do governo ucraniano em março de 2010, e em 13 de dezembro de 2012 foi confirmado no cargo pelo novo Parlamento eleito nas eleições gerais.

As manifestações começaram há mais de dois meses pela rejeição do governo a assinar um acordo de associação com a União Europeia. Há dez dias, começaram a ocorrer violentos distúrbios, que causaram três mortos, segundo as autoridades, e seis, segundo a oposição, além de centenas de feridos. EFE

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