R.Unido mantém abertas “todas opções” de sanções à Rússia

  • Por Agencia EFE
  • 04/03/2014 10h43

Londres, 4 mar (EFE).- O governo do Reino Unido “mantém abertas todas as opções” de sanções à Rússia por sua incursão militar na Ucrânia, assegurou nesta terça-feira o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague em um discurso na câmara dos Comuns (dos deputados).

Questionado pelos deputados presentes, Hague indicou que ainda não definiu o tipo de sanção mais conveniente e ressaltou que qualquer medida será tomada “em conjunção com os parceiros internacionais”.

O ministro considerou “lamentável” o vazamento de um documento oficial que aconselhava o Executivo a descartar as sanções comerciais, já que isso danificaria os interesses do país, e assegurou que o texto “não necessariamente é uma guia” sobre a decisão que finalmente será tomada pelo governo.

Ontem, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, presidiu uma reunião do Conselho Nacional de Segurança para analisar uma possível resposta à crise na Ucrânia, na qual a imprensa pôde fotografar um documento que era levado por um assessor governamental ao entrar em Downing Street.

Este documento, divulgado pela imprensa britânica, recomendava restrições de vistos e proibição de viagens, mas assinalava que “o Reino Unido não deve apoiar, por enquanto, sanções comerciais (…) ou fechar o centro financeiro de Londres aos russos”.

Ao término desta reunião, Cameron disse que a Rússia enfrentará “pressões diplomáticas, políticas, econômicas e de outro tipo” por sua incursão militar na península autônoma ucraniana da Crimeia, embora não tenha citado quais seriam essas medidas.

Em seu discurso de hoje, Hague reiterou que o Reino Unido buscará uma solução “pacífica” ao conflito e disse que “é errôneo questionar a legitimidade” do novo governo ucraniano, referendado “pela maioria” por seu Parlamento após a destituição do presidente Viktor Yanukovich, refugiado na Rússia, por abandono de suas funções.

Hague também revelou que, em sua recente viagem a Kiev, ofereceu “assessoria financeira” ao Executivo interino de Arseni Yatseniuk e ajuda para localizar e devolver possíveis “ativos roubados”.

O chefe do Foreign Office, que deverá fazer outra declaração oficial sobre a Ucrânia na câmara dos Comuns ainda hoje, admitiu que a Rússia “tem interesses legítimos na Ucrânia”, mas ressaltou que isso não deve ser um pretexto para “violar sua soberania”. EFE

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