Santos diz que em 2016 falará na ONU como presidente de uma Colômbia em paz

  • Por Agencia EFE
  • 29/09/2015 20h41
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Nações Unidas, 29 set (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, comemorou nesta terça-feira o caminho rumo à paz que seu país está trilhando com as Farc e prometeu que no próximo ano voltará à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) “como presidente de uma Colômbia em paz e reconciliada”.

“Hoje, venho a ratificar perante o mundo que, entre os mais de 20 conflitos armados que subsistem no planeta e que geram dor, pobreza e sofrimento, há um, o do meu país, o da Colômbia, está no caminho final de uma solução real”, exclamou.

Santos mostrou seu otimismo perante a Assembleia Geral das Nações Unidas ao considerar que conseguiu com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) “um acordo difícil em qualquer processo de paz: um sistema de justiça transicional que garante a não impunidade para os crimes mais graves cometidos no conflito”.

Santos e o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, tiveram um encontro histórico em Havana no último dia 23 e acertaram um prazo de, no máximo, seis meses para assinar a paz e anunciaram um sistema de justiça especial.

Conforme este acordo, o sistema contará com salas de justiça e um tribunal especial para a paz, que deverão acabar com a impunidade, obter a verdade, contribuir à reparação das vítimas e julgar e impor sanções aos responsáveis de crimes graves.

“Se coloca pela primeira vez os direitos das vítimas à justiça – assim como à verdade, à reparação e a não repetição – no centro da solução de um conflito armado”, acrescentou.

Santos disse que espera estar criando um modelo que “pode servir a outros conflitos armados no planeta”.

“Esta é também a primeira vez, na história dos conflitos no mundo, em que um governo e um grupo armado ilegal – em um acordo de paz e não como resultado de posteriores imposições – encontram um sistema de prestação de contas perante um tribunal nacional pela comissão de crimes internacionais e outros delitos graves. Foram mais de 50 anos de guerra interna, em um país destinado ao progresso e à felicidade. Estamos decididos a terminá-la, porque a paz é uma missão difícil, mas não é impossível. A paz é mais do que o fruto de um processo político, social ou econômico. A paz é, acima de tudo, um grande processo de transformação cultural coletivo que começa com uma mudança espiritual individual”, afirmou. EFE

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