Senacon firma acordo com hotéis do Rio para evitar diárias abusivas na Copa

  • Por Agencia Brasil
  • 16/01/2014 21h25

 

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Acordo feito entre a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) prevê que os hotéis filiados à Abih-RJ enviem à Senacon, órgão do Ministério da Justiça, os valores cobrados em épocas de maior demanda, com o objetivo de fazer um comparativo com os preços praticados durante a Copa do Mundo de Futebol, entre junho e julho próximos. O objetivo é evitar cobranças abusivas.

O presidente da Abih-RJ, Alfredo Lopes, disse à Agência Brasil que a ideia é dar maior transparência aos preços das diárias definidos pelo setor para evitar a ocorrência de pesquisas não fidedignas, além de manter uma linha equivalente entre as diárias cobradas no fim de ano, no carnaval e na Copa do Mundo.

Lopes sustentou que “não é possível que um hotel, como ocorreu em Cuiabá (MT), que tem diária de R$ 136 normalmente, para a Copa do Mundo, colocou R$ 5,1 mil. Não tem coerência um troço desses”, disse. Ele entende que um estabelecimento que cobrou diária de R$ 1 mil no réveillon e aumenta para R$ 1,1 mil ou R$ 1,2 mil na Copa, está em uma linha coerente. “O que não pode é sair de R$ 136 para R$ 5 mil. É um absurdo”, ressaltou.

Segundo o presidente da Abih-RJ, todos os hotéis do Rio de Janeiro já encaminharam os valores das diárias à Senacon. Os preços serão colocados também na internet para que o setor tenha maior transparência. Alfredo Lopes disse que o Rio de Janeiro servirá de balizamento para as 11 demais cidades-sede da Copa. “O Rio é um balão de ensaio para replicar nas outras cidades-sede”.

A secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira, pretende pedir às entidades hoteleiras das demais cidades-sede que encaminhem também ao órgão os valores cobrados em épocas de maior demanda, para facilitar a comparação. A Senacon fará a fiscalização em parceria com os Procons locais.  

Não houve, segundo o presidente da Abih-RJ, restrição ao atendimento do pedido formulado pela secretária. “O evento é nacional. O playback [retorno dos investimentos] de um hotel é entre dez e 12 anos. Ninguém faz hotel para a Copa do Mundo nem para as Olimpíadas, nem vai querer ficar rico. O governo federal está investindo muito nisso e não pode sair nada errado. E nós vamos trabalhar para isso”, disse.

Lopes entregou à secretária uma carta da Abih-RJ, solicitando providências imediatas relativas aos problemas enfrentados pelos turistas no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão/Antonio Carlos Jobim. Segundo ele, a secretária se prontificou a agendar um encontro com representantes do governo federal e do consórcio vencedor da licitação do aeroporto para debater os problemas do terminal, a fim de tentar equacioná-los.

 

Edição: Aécio Amado

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