STF absolve ex-deputado João Paulo Cunha da acusação de lavagem de dinheiro

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2014 19h05

Brasília, 13 mar (EFE).- O Supremo Tribunal Federal mudou de decisão e determinou nesta quinta-feira que não ficou provado que o ex-deputado federal João Paulo Cunha praticou crime de lavagem de dinheiro no julgamento processo do mensalão, decisão que diminuiu sua pena.

Com essa decisão, que teve seis votos contra quatro, o Supremo reduziu em três anos a condenação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, que mesmo assim deverá cumprir seis anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e peculato.

A sentença proferida nesta quinta-feira também beneficiou o ex-assessor do Partido Progressista (PP) João Cláudio Genu, que somente tinha sido condenado por lavagem de dinheiro e agora foi absolvido.

Cunha, dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), presidia a câmara baixa na época dos escândalos e, segundo comprovou o Supremo, no mensalão o ex-deputado recebeu R$ 50 mil da rede de corrupção.

O dinheiro foi entregue a sua esposa, o que na primeira fase do julgamento foi considerado como uma manobra para ocultar a origem desses recursos, o que configuraria o delito de lavagem.

No entanto, a corte aceitou hoje as apelações apresentadas pela defesa do ex-deputado e o absolveu dessa acusação, com o qual foram eliminados os três anos de prisão ditados por essa causa.

O Supremo julgou o caso em 2012 e considerou provado que o PT usou dinheiro público para tecer uma rede de corrupção com a qual financiou campanhas e subornou dirigentes de outros quatro partidos, que deram a Lula a maioria parlamentar que não tinha alcançado nas eleições de 2002.

Por este famoso caso, 25 políticos e empresários foram considerados culpados, embora com a absolvição de Genu, decidida hoje, esse número baixa agora para 24.

Entre os condenados figuram relevantes figuras do PT, como o ex-ministro da presidência José Dirceu e o ex-presidente dessa formação José Genoino, que desde o final do do ano passado cumprem penas de prisão pelo delito de corrupção ativa. EFE

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