Teste aplicado a futuros vigilantes não consegue detectar doenças mentais

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2014 09h45
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O teste aplicado a futuros vigilantes não consegue detectar doenças mentais como as que possivelmente atingem o assassino de Mogi das Cruzes. Nesta semana, o vigilante Jonathan Lopes de Santana, de 23 anos, foi preso acusado de matar seis pessoas, sendo cinco delas decapitadas.

O jovem disse que iria matar trinta e um moradores de rua, pelo fato deles não pagarem impostos, o que ele considerava errado. Ele trabalhou por seis meses em uma empresa de segurança privada que prestava serviços a CPTM e tinha autorização para andar armado.

Para poder exercer a profissão, Jonathan passou por exames de sanidade física e mental e psicotécnicos, aplicados pela Polícia Federal. Especialista na formação de vigilantes, Renato Souza destacou que a avaliação psicológica é um retrato do momento atual pelo qual passa o candidato à vaga.

*Ouça os detalhes no áudio

O especialista lembra que, a cada dois anos, os vigilantes passam por cursos de reciclagem e são obrigados a fazer um novo teste psicológico. O psiquiatra forense, Guido Palomba, disse ao repórter JOVEM PAN Anderson Costa que apenas uma avaliação mais detalhada pode detectar sinais de doenças nos profissionais.

O psiquiatra explica que o teste psicotécnico é baseado em perguntas pré-formuladas e não consegue detectar possíveis distúrbios de pensamento. Para Palomba, o assassino de Mogi das Cruzes tem sinais claros de esquizofrenia, doença que não poderia ser identificada em um simples exame.

 

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