Thaksin oferece US$ 196 mil para quem capturar autores do ataque de Bangcoc
Bangcoc, 21 ago (EFE).- O ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, cujo partido foi desalojado do poder pela atual junta militar, ofereceu 7 milhões de bat (US$ 196,4 mil) pela captura dos autores do atentado que na segunda-feira matou 20 pessoas em Bangcoc.
Dois milhões de bat (cerca de US$ 56 mil) serão para quem facilitar informação que permita a detenção e cinco milhões para os funcionários encarregados da investigação e a captura, segundo anunciou nas redes sociais Oak Panthongtae, o filho mais velho de Thaksin.
Thaksin, que governou o país desde 2001 até o golpe militar que o depôs em 2006, enquanto seu partido Kea Thai (Dos tailandeses) foi desbancado do poder durante o levante de 2014, se encontra exilado em Dubai e é um dos homens mais ricos da Tailândia.
A recompensa se soma à oferecida pelas autoridades tailandesas de cinco milhões de bat (US$ 140 mil), que seriam repartidas entre quem facilitar informações para captura e os agentes que coroem a operação de detenção.
A Polícia Nacional da Tailândia procura dez sujeitos como possíveis autores do massacre, entre eles o indivíduo que colocou a bomba no templo hindu e budista de Erawan, situado no centro comercial de Bangcoc.
“Avançamos muito, mas não posso entrar em detalhes”, disse à imprensa o delegado da Polícia, o general Somyot Pumpanmuang, durante uma cerimônia no lugar do ataque.
O comissário afirmou que o alvo do atentado era “desacreditar o governo e afugentar o turismo”.
Embora não esteja descartada nenhuma hipótese, as autoridades consideram “improvável” a autoria do terrorismo internacional, em alusão à Al Qaeda ou grupos como o Estado Islâmico ou Jemaah Islamiya, autor dos ataques mais mortais ocorridos no Sudeste Asiático.
A polícia também não acredita que o alvo do ataque fossem cidadãos da China, país ao qual pertencem a maioria das vítimas mortais estrangeiras.
Ninguém reivindicou a autoria do atentado e, apesar dos rigorosos controles de segurança desdobrados em aeroportos e pontos fronteiriços, a captura dos suspeitos ainda não deu resultados. EFE
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