Trump diz que EUA deveriam considerar perfil racial de muçulmanos
O candidato republicado à presidência dos EUA, Donald Trump, advogou, nesta segunda-feira (20), pela realização de perfis raciais de muçulmanos e, na prática, presumir que essa comunidade é suspeita de possível inclinações terroristas ou de ocultá-las.
Em entrevista telefônica à emissora “CBS”, transmitida no passado domingo (19), o bilionário disse que a elaboração de perfis raciais e por religião dos muçulmanos é de “bom senso”, especialmente após o massacre de Orlando (Flórida), no qual um muçulmano americano, com raízes afegãs, matou 49 pessoas em uma boate frequentada por homossexuais, em 12 de junho último.
“Não é o pior que se pode fazer”, apontou o magnata, que também considerou que sua proposta poderia ter ajudado a evitar o massacre de San Bernardino (Califórnia), no qual um americano muçulmano, radicalizado junto com sua esposa, matou 14 pessoas, em dezembro de 2015.
O megaempresário opinou que se deve fazer uma avaliação por perfil racial dos islâmicos que vivem em solo norte-americano, “outros países o fazem. Olhe para Israel e outros que realizaram o mesmo com sucesso. Odeio o conceito de perfil racial, mas temos que começar a usar o bom senso, temos que usar a cabeça e temos que pensar em perfis (raciais) muito seriamente”, garantiu o nova-iorquino.
O candidato disse que o país não pode permitir-se suspeitar de um grupo ou uma pessoa e não denunciá-los por medo de ser acusado de discriminação por razão de origem ou religião.
Trump já tinha proposto proibir a entrada no país de muçulmanos para combater o terrorismo jihadista, uma ideia que modificou, na semana passada, para acrescentar que deveria afetar todos os imigrantes de países com um histórico terrorista contra os EUA.
O magnata também reiterou sua proposta de vigiar mesquitas do país de maneira “respeitosa”, além de disser tartar-se de algo que é feito na França, ao mesmo tempo que apontou para o fechamento de alguns destes centros em terras gaulesas.
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