Ucrânia centrará reunião entre Putin e Merkel em Moscou, segundo Kremlin

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h26

Moscou, 6 mai (EFE).- O conflito na Ucrânia centrará a reunião que o presidente russo, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel, manterão em 10 de maio em Moscou, segundo informou nesta terça-feira o Kremlin.

“Naturalmente, a situação na Ucrânia será um dos grandes temas durante as conversas com a chanceler alemã”, disse Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, aos meios de comunicação locais.

Rússia e Alemanha “defendem o estrito cumprimento dos acordos de paz de Minsk por parte de Kiev e as regiões do sudeste da Ucrânia”, manifestou.

O Kremlin confia que a reunião, que acontecerá em formato de café da manhã de trabalho, também “contribuirá para reativar a cooperação bilateral em diferentes âmbitos”, acrescentou.

Segundo informou o governo alemão, Merkel lembrará no domingo o 70° aniversário do final da Segunda Guerra Mundial perante o Monumento ao Soldado Desconhecido aos pés das muralhas do Kremlin.

Isso sim, a chanceler não irá em 9 de maio ao tradicional desfile militar do Dia da Vitória na Praça Vermelha, que não terá a presença de nenhum líder ocidental, apesar dos convites remetidas pelo Kremlin.

Merkel destacou no domingo passado a importância, apesar das diferenças com a Rússia serem “muito profundas”, de lembrar em Moscou “os milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial pelos quais a Alemanha deve responder”.

A viagem da chanceler estará precedida pela visita de seu ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, que viajará amanhã à cidade russa de Volgogrado, antiga Stalingrado, palco da batalha mais cruenta da guerra.

O chefe da diplomacia alemã terá a oportunidade de visitar o lugar de enterro dos soldados alemães que perderam a vida nessa cidade entre junho de 1942 e em 2 fevereiro do 1943.

Steinmeier também abordará o conflito ucraniano com seu colega russo, Sergei Lavrov, já que a Alemanha foi um dos participantes da cúpula de fevereiro em Minsk na qual foram assinados os acordos de paz.EFE

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