Ucrânia confirma detenção do autoproclamado governador de Donetsk

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2014 13h23
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Kiev, 6 mar (EFE).- Agentes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU, antigo KGB) confirmaram hoje a detenção de Pavel Gubarev, autoproclamado governador da região de Donetsk, acusado de liderar a tomada de edifícios governamentais na cidade de mesmo nome situada no leste do país.

A imprensa ucraniana informou nesta quinta-feira sobre a prisão de Gubarev nesta madrugada junto a outros 70 manifestantes pró-Rússia que tinham tomado a sede do governo da região.

No entanto, pouco depois o próprio Gubarev desmentiu que tinha sido detido.

As forças da ordem ucranianas desalojaram nesta madrugada a sede do governo regional, tomado ontem pela segunda vez por um grupo de manifestantes pró-Rússia, que içaram na entrada do local uma bandeira ucraniana para substituir a russa, colocada por partidários de Gubarev.

Horas antes, os manifestantes tinham recuperado o controle do edifício, do qual tinham sido desalojados ontem sob o pretexto de um aviso de bomba, e tomado também a assembleia regional de Donetsk, cidade natal do presidente deposto Viktor Yanukovich.

Cerca de dois mil manifestantes sitiaram ontem à noite o edifício governamental aos gritos de “Rússia” e “Berkut”, o destacamento antidistúrbios desarticulado por Kiev após ser responsabilizado pelo massacre de dezenas de manifestantes na capital ucraniana.

Após a evacuação do edifício milhares de pessoas foram para a praça adjacente e participaram de um comício convocado para defender a integridade territorial do país diante dos crescentes ânimos separatistas nas regiões orientais da Ucrânia.

Logo após o ato, ocorreram enfrentamentos entre manifestantes de ambos os lados e sete pessoas ficaram feridas, segundo fontes oficiais.

Os manifestantes pró-Rússia protestam contra a nomeação no domingo passado do novo governador de Donetsk, Sergei Tarut, e apoiam Gubarev como chefe da região.

Donetsk e outras cidades russoparlantes no leste e Sul da Ucrânia foram cenário de grandes manifestações tanto contra a intervenção russa na Crimeia como contra as novas autoridades do país. EFE

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