Ucrânia e separatistas de Lugansk acordam trégua a partir de sexta-feira

  • Por Agencia EFE
  • 02/12/2014 06h50

Kiev, 2 dez (EFE).- Os militares ucranianos e os líderes da autoproclamada República Popular de Lugansk (RPL) chegaram a um acordo de um cessar-fogo total a partir da próxima sexta-feira na linha que separa suas posições atuais no leste da Ucrânia, segundo o relatório da OSCE divulgado nesta terça-feira no site da organização.

“Todos pactuaram um cessar-fogo total em toda a linha de separação entre as Forças Armadas da Ucrânia e aquelas (forças) que estão sob o controle da RPL. O acordo estará vigente a partir de 5 de dezembro”, detalhou a OSCE.

Além disso, as duas partes concordaram em começar com a retirada de todo o armamento pesado dessa linha de separação a partir do sábado.

Já os insurgentes da vizinha Donetsk se reunirão hoje com representantes do Estado-Maior das tropas ucranianas, na capital da região, para tentar chegar ao mesmo acordo, informou o centro de imprensa das forças de Kiev.

“Será dada atenção especial à situação no aeroporto de Donetsk, já que é uma infraestrutura importante, tanto para as Forças Armadas da Ucrânia” como para os rebeldes, disseram as forças de Kiev em comunicado, de acordo com o site do jornal “Ukrainskaya Pravda”.

Apesar dos acordos de cessar-fogo alcançados em setembro entre Kiev e os insurgentes pró-Rússia, assinados em Minsk (Belarus) nos dias 5 e 19 de setembro, as hostilidades entre as partes não foram interrompidas, praticamente, em nenhum momento.

O aeroporto de Donetsk, controlado pelas tropas ucranianas e assediado pelas milícias rebeldes, se transformou desde então no palco de repetidos ataques.

Além disso, a própria cidade de Donetsk, habitada por um milhão de pessoas antes do início da guerra em meados de abril, sofre praticamente todos os dias com fogo de artilharia.

Na semana passada, a ONU apresentou um relatório da missão de direitos humanos que informou que o conflito armado no leste da Ucrânia causou a morte de 4.317 pessoas e deixou 9.921 feridos desde abril. EFE

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