Ucrânia exibe armamento pesado para comprovar intervenção russa no leste
Kiev, 21 fev (EFE).- O chefe do Comitê de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Alexander Turchinov, inaugurou neste sábado em Kiev uma exposição ao ar livre com blindados e armamento pesado que, segundo as autoridades ucranianas, comprova a participação da Rússia no conflito do leste do país.
A ampla praça Mijailovski foi o cenário escolhido para receber vários blindados, caminhões militares, drones e outros armamentos pesados que teriam sido capturados nas áreas separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk.
“Presença. Provas da agressão das tropas russas no território da Ucrânia” é o título da exposição com a qual Kiev mostra pela primeira vez esse tipo de evidências, coincidindo com o primeiro aniversário da queda do presidente pró-Rússia, Viktor Yanukovich.
“Aqui vocês podem ver armas, veículos blindados que os separatistas abandonaram ou que foram capturados por nossos soldados no leste de nosso país. Esta técnica militar russa está matando nossos cidadãos, nossos militares e civis”, disse Turchinov perante a imprensa convidada à inauguração.
A mostra inclui restos de munição, artilharia pesada, drones, blindados, caminhões militares, assim como documentos, roupas e outros objetos, tudo isso cedido pelos Ministérios de Defesa e Interior, os serviços de segurança, a polícia de fronteiras e outros corpos de segurança.
Como se assinala nas explicações, há, por exemplo, lança-granadas com data de 2014, que não são produzidos na Ucrânia e que foram capturados pelos militares governamentais durante a operação de Debaltsevo, a estratégica cidade que caiu nas mãos dos rebeldes nesta semana, na pior derrota militar ucraniana de dez meses de conflito.
Também há drones que são fabricados apenas na Rússia e estão equipado com tecnologia para captar imagens a uma distância de mais de 20 quilômetros e fixar os alvos.
Vários visitantes chegaram à praça Mijailovski para ver a exposição com bandeiras ucranianas, assim como famílias com crianças que não duvidaram em subir em cima dos blindados inimigos para brincar ou tirar fotos. EFE
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