Várias operações contra o Boko Haram em Camarões deixam mais de 40 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 29/12/2014 12h08

Nairóbi, 29 dez (EFE).- Mais de 40 militantes do Boko Haram morreram em consequência de várias operações realizadas contra o grupo islamita pelo exército de Camarões na zona fronteiriça com a Nigéria, ao norte do país, segundo informou nesta segunda-feira o Ministério de Comunicação camaronês.

O porta-voz do Ministério, Issa Tchiroma Bakary, justificou a operação por conta dos ataques que “unidades armadas do grupo Boko Haram perpetraram contra Makary, Amchide, Limani e Achigachia” desde sexta-feira.

No último deles, ocorrido ontem, mil milicianos do grupo islamita atacaram um quartel militar em Achigachia, e o exército camaronês se viu obrigado a se retirar ao ser incapaz de defender suas posições.

Horas mais tarde, a aviação camaronesa entrou em combate pela primeira vez e matou um número indeterminado de militantes de Boko Haram, que abandonaram as instalações e escaparam para a Nigéria.

O governo camaronês assegurou hoje que as “operações de segurança seguem em curso e a relação de milicianos mortos durante o ataque será divulgada após a conclusão da investigação”.

Em dias anteriores, o ataque a uma base do Boko Haram em Shogori terminou com a morte de 34 membros do grupo, enquanto na cidade de Makary os soldados camaroneses mataram pelo menos sete milicianos, segundo a informação oferecida pelo governo.

Em uma emboscada perto de Waza, um soldado camaronês faleceu e três ficaram feridos após um combate que também deixou outros sete mortos no grupo islamita.

A simultaneidadedos ataques na região extremo-norte de Camarões, acrescentou Bakary, reflete uma mudança de estratégia por parte do grupo islamita, que procura distrair os militares e deixá-los mais vulneráveis graças a sua grande mobilidade.

O presidente de Camarões, Paul Biya, ordenou nos últimos meses o desdobramento de mais de mil soldados na zona fronteiriça com a Nigéria, já que o Boko Haram intensificou os ataques além das fronteiras.

O grupo islamita deixou mais de 13 mil mortos na Nigéria desde 2009, segundo estimativas de um governo nigeriano que se mostrou incapaz de fazer frente ao crescente ímpeto dos terroristas. EFE

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