Yanukovich adverte que protestos maciços ameaçam toda a Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 20/01/2014 16h06
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Kiev, 20 jan (EFE).- O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, advertiu nesta segunda-feira que as manifestações de oposição em Kiev se transformaram em distúrbios maciços que ameaçam desestabilizar todo o país.

“Estive disposto a escutar suas opiniões e juntos encontrarmos uma solução, mas agora, quando as ações pacíficas se transformam em distúrbios maciços, com “pogroms” (vandalismo com agressão às pessoas), incêndios e violência, tenho certeza que isso significa uma ameaça não só para a ordem em Kiev, mas para toda a Ucrânia”, alertou Yanukovich em um discurso divulgado no site da presidência.

O líder pediu que os manifestantes não sigam quem chama para a violência, “aqueles que tentam de provocar uma ruptura entre sociedade e Estado e que querem lançar o povo ucraniano no abismo dos distúrbios maciços”.

E disse que fará todo o possível para “garantir a ordem pública e defender os direitos dos cidadãos pacíficos”, se valendo “de todos os métodos legais previstos na legislação da Ucrânia”.

O líder fez estas afirmações enquanto na capital ucraniana prosseguem, pelo segundo dia consecutivo, enfrentamentos entre opositores radicais e forças policiais, que já deixaram centenas de feridos.

Grupos de manifestantes atacaram a polícia com pedras, coquetéis molotov e rojões nas imediações do estádio Lobanovski, perto da Praça da Independência, bastião opositor há dois meses para defender a integração do país na União Europeia, parada pelo governo.

Em resposta, os soldados antidistúrbios, que não deixam de receber reforços, recorrem a balas de borracha, bombas de fumaça e gás lacrimogêneo.

Segundo os serviços de saúde, entre os mais de cem hospitalizados, três manifestantes perderam um olho, e um uma mão.

O descontentamento explodiu com a recente aprovação de um pacote de leis que restringem a liberdade de reunião ao proibir a instalação de barracas, alto-falantes e palcos em lugares públicos, e permitir a detenção de manifestantes que estiverem usando capacetes ou máscaras. EFE

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