Crise do clima coloca a saúde global em alerta
Calor extremo, doenças e desigualdade ampliam pressão sobre sistemas de saúde
As mudanças climáticas deixaram de ser apenas um tema ambiental e passaram a representar um desafio urgente para a saúde pública. No JP Sustentável Especial desse sábado semana, a jornalista Patrícia Costa recebeu Mônica Gregori, diretora de impacto do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, e Adriana Costa, diretora da Siemens Healthineers, para discutir os impactos diretos do aquecimento global na vida das pessoas — e o quanto a desigualdade agrava essa crise. “Até 2050, nós podemos ter um impacto de 250 mil mortes associadas às mudanças climáticas”, alertou Adriana Costa. Segundo ela, “se não mudarmos essa trajetória, esse número pode ser ainda maior, chegando a impactar 14,5 milhões de vidas”. A executiva destacou que o problema não é apenas sanitário. “Os efeitos climáticos trazem também um impacto econômico enorme. Hoje, a escassez de profissionais de saúde pode gerar perdas superiores a 200 bilhões de dólares na economia global”, afirmou. Mônica Gregori ressaltou o recorte social do problema: “Falar de justiça climática é reconhecer que os mais pobres são os que menos contribuem para o aquecimento global, mas os que mais sofrem com seus efeitos”. Para ela, é preciso que as empresas assumam compromissos concretos de redução de emissões e adaptação às mudanças já em curso.
Adriana Costa reforçou que as ondas de calor e a piora da qualidade do ar têm aumentado o número de doenças respiratórias e cardiovasculares, pressionando sistemas de saúde em todo o mundo. “O clima extremo já é uma questão de saúde pública. Precisamos integrar inovação, prevenção e justiça social”, concluiu. O JP Sustentável Especial traz uma análise sobre como a crise climática afeta a saúde, a economia e a vida de milhões de pessoas.
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*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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