Planalto vê com bons olhos relator escolhido para CPMI do INSS e espera investigação equilibrada
Parlamentar Ricardo Ayres (Republicanos-TO) é próximo a Hugo Motta e foi escolhido como nome de confiança do presidente da Câmara dos Deputados
Auxiliares do presidente Lula no Palácio do Planalto viram com bons olhos o nome do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como o relator da CPMI que investigará descontos indevidos nas aposentadorias de idosos do INSS. O parlamentar é visto como alguém equilibrado e com bom relacionamento com integrantes do governo. O presidente da comissão será o senador Omar Aziz (PSD-AM), o colegiado deve ser instalado nesta semana.
Ricardo Ayres é próximo de Hugo Motta e líderes da Câmara avaliam que a escolha por ele também é uma forma do presidente da Casa manter o andamento dos trabalhos sob controle. “Vamos fazer um trabalho imparcial e rigoroso, de proteção aos aposentados. Acho importante trazermos a ordem cronológica dos eventos, que começaram em 2019”, disse Ayres à Jovem Pan.
Em maio, a oposição no Congresso Nacional conseguiu o número de assinaturas necessário para instalação da CPMI. Em abril, uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou a existência de um esquema de descontos não autorizados feitos por sindicatos em aposentadorias e pensões.
Desde então, o oposição vem usando o operação e instalação de uma CPMI como munição contra o governo. Omar Aziz afirmou à Jovem Pan que pretende direcionar os trabalhos em favor dos aposentados, evitando que o debate escale e seja contaminada pela polarização. A comissão tem a participação de deputado e senadores, diferente de uma CPI na Câmara, que tem a participação apenas de deputados. Ela será formada por 15 senadores e 15 deputados, com o mesmo número de suplentes.
As indicações devem respeitar o princípio da proporcionalidade partidária. Os maiores blocos e partidos têm direito a mais vagas. Assim que tiver todos os nomes em mãos, o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre, poderá marcar a data de instalação da comissão.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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