Ana Paula Henkel: ‘Fiquei impressionada como Francieli tentou politizar a ciência’

Comentarista do programa Os Pingos Nos Is falou sobre o novo depoimento da CPI, realizado nesta quinta-feira, 8

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2021 19h06 - Atualizado em 08/07/2021 19h32
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Servidora em coletiva sobre vacinação Ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fontana Fantinato

Em seu depoimento à CPI da Covid-19, a ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunizações (PNIFrancieli Fantinato criticou as declarações que colocam em xeque a eficácia das vacinas, afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não investiu em campanhas publicitárias de incentivo à imunização e relatou um pedido feito por Elcio Franco Filho, braço direito do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, para retirar a população carcerária dos grupos prioritários do programa de vacinação. A oitiva também foi marcada por uma decisão do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), de retirar a servidora, que pediu exoneração do cargo no dia 30 de junho, da lista de investigados pela comissão – como consequência disso, os senadores suspenderam a quebra dos sigilos telefônico e telemático autorizados no mês de junho. “Para um programa de vacinação ter sucesso, é simples: é necessário ter vacinas e campanha publicitária efetiva. Infelizmente, não tive nenhum dos dois”, afirmou a depoente.

A comentarista do programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, Ana Paula Henkel, falou sobre a oitiva de Francieli na edição desta quinta-feira, 8, pontuando que ficou claro que “quem critica o presidente” deixa de ser investigado. Além disso, declarou que ficou “muito impressionada” com a ex-chefe do PNI tentando politizar a ciência. “Algumas coisas ficaram muito claras. Primeiro: quem critica o presidente Bolsonaro sai do posto de investigado e passa para testemunha. Aqueles que não corroboram o relatório do campeão de inquéritos do Congresso Nacional saem de testemunhas e vão para investigados e ainda tomam voz de prisão”, afirmou Ana Paula, que continuou: “É perturbador a gente assistir uma agente da saúde em um pedestal absoluto dizendo que ninguém pode duvidar da ciência. A ciência chegou no ponto que chegou na humanidade exatamente por que houve dúvidas, houve perguntas, houve incômodos. […] Fiquei muito impressionada como a dona Francieli tentou politizar a ciência jogando como se questionar a ciência fosse alguma coisa do bolsonarismo ou do presidente Bolsonaro e não é bem assim não”.

Confira o programa na íntegra:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.