Constantino: Caberia a Bolsonaro atacar politização, mas não endossar remédios

Declaração foi dada pelo comentarista durante o programa 3 em 1 desta segunda-feira, 19, que debateu falas do presidente sobre novo medicamento contra a Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2021 17h59 - Atualizado em 19/07/2021 18h36
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/05/2021 O presidente da República, Jair Bolsonaro, usa máscara de proteção branca e veste terno preto durante evento oficial Proxalutamida foi citada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã de domingo, 18

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira, 19, a realização de um estudo para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida na redução da infecção viral e no processo inflamatório causados pelo coronavírusO remédio foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã de domingo, 18, após receber alta do hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O chefe do Executivo ficou internado por cinco dias para tratar um quadro de subclosão intestinal. Na saída do hospital, Bolsonaro disse estar estudando materiais do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos sobre as comorbidades que podem causar um agravamento da doença e ainda citou um outro remédio, ainda sem eficácia comprovada contra a Covid-19, que pode diminuir a gravidade da infecção.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta segunda, o comentarista Rodrigo Constantino falou sobre a censura contra médicos que defendem medicamentos contra a Covid-19 e afirmou que Bolsonaro não deveria endossar nenhum remédio, mesmo que estivesse com boas intenções. “Existem médicos que estão fazendo isso (endossando remédios) e estão sendo censurados. Gente com currículo muito sólido. Tem um deles que tem pós-graduação em Harvard em epidemiologia que teve um vídeo dele suspenso, e ele fez a seguinte pergunta: ‘Quais são os médicos da rede social e qual critério que eles usam?’. Se essas redes sociais estão bloqueando o que um médico com um currículo como o dele está dizendo sobre o tratamento, quem é que vai ter a palavra final? Isso me preocupa muito, esse grau de politização. Eu acho que caberia ao presidente atacar isso, mas não endossar remédio algum, nem que seja para alimentar a esperança do povo. Isso não me agrada. Parece o antípoda do governador vendedor de vacinas que parecem placebo”, disse Constantino.

Confira a íntegra do programa desta segunda-feira, 19:

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