Constantino: Operação da PF contra vice-líder ‘derruba narrativa de que houve intervenção’ de Bolsonaro

Posicionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre corrupção dentro do governo dividiu comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan; nesta quarta-feira, 14, o então vice-líder do governo, Chico Rodrigues (DEM), foi flagrado pela PF com R$ 30 mil na cueca

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2020 18h12 - Atualizado em 15/10/2020 18h25
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Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Jair Bolsonaro é o atual presidente da República Constantino defendeu fala do presidente sobre corrupção no governo

O afastamento do ex-vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM), foi formalizado um dia após o senador ser encontrado com mais de R$ 30 mil na cueca durante operação da Polícia Federal (PF) contra desvios de recursos públicos no combate ao novo coronavírus em Roraima. O assunto foi tema de discussão entre os comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 15. Para Rodrigo Constantino, o caso envolvendo uma pessoa próxima ao presidente Jair Bolsonaro é sinal de que a PF trabalha com independência. “A primeira conclusão que a gente tira é que a Polícia Federal está funcionando. Se o presidente Bolsonaro estava tentando controlar a Polícia Federal, essa narrativa perde força. Acho que se ele controlasse a Polícia Federal isso não aconteceria, então a primeira coisa que a gente tem que festejar é que a polícia está trabalhando com independência”, disse. Constantino lembrou, ainda, que o partido do Senador é do mesmo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

“O presidente tem um ponto óbvio em dizer que não há escândalo nos ministérios, no comando das empresas estatais que ele indicou”, disse. Para Thaís Oyama, porém, o trabalho da PF não é algo a ser comemorado, já que não é visto como uma novidade na política. “Isso ela está fazendo há muito tempo, é só lembrar que o mensalão e o petrolão por exemplo foram escândalos que foram revelados contra petistas em governos petistas, então não é mérito nenhum do Bolsonaro e muito menos a gente deve agradecer a ele o fato da Polícia Federal estar continuando a fazer o trabalho dela”, afirmou. Para Josias de Souza, o presidente tem se aproximado cada dia mais do que ele prometia combater durante a campanha eleitoral. “Depois da descoberta do petrolão, a Dilma Rousseff e o Lula se diziam também orgulhosos por ter fortalecido a Polícia Federal e nomeado pessoas independentes para o cargo de Procurador Geral da República. Lula chegou a dizer que ‘não existe nesse país viva alma mais honesta do que eu’. Essa retórica deu em xilindró. Deu em cadeia. Não se acaba com a corrupção por gogó, nem por decreto. Ela existe. A questão é saber como se reage a ela”, pontuou. Josias lembrou também das polêmicas envolvendo os filhos do presidente e até mesmo da explicação pendente sobre o depósito de R$ 89 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Confira o programa 3 em 1 desta quinta-feira, 15, na íntegra:

 

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