‘Convocação de Queiroga é maneira de manter Bolsonaro no paredão’, analisa Bruna Torlay
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, debateram a decisão da CPI de trazer o ministro da Saúde para seu terceiro depoimento na comissão
A CPI da Covid-19 aprovou, na manhã desta quinta-feira, 7, a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele será ouvido pela terceira vez, no dia 18 de outubro, segundo definiu o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). O requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi apresentado após a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) desistir de votar um parecer do órgão que atesta a ineficácia de medicamentos do chamado “kit-Covid”. “Azitromicina e hidroxicloroquina não mostraram benefício clínico e, portanto, não devem ser utilizados no tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19”, diz um trecho do relatório. Previsto para ser votado na reunião de hoje, o item foi retirado de pauta. De acordo com os membros da CPI, houve interferência política do presidente Jair Bolsonaro.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 7, a comentarista Bruna Torlay disse que a CPI acertou ao convocar Queiroga, uma vez que o plano do colegiado é pressionar o governo de Jair Bolsonaro e a nova convocação faz isso. “Trazer mais uma vez o ministro da Saúde é uma maneira de manter no paredão o governo Bolsonaro, que é aquilo que interessa à CPI. Nesse sentido, do ponto de vista da estratégia política, claro que faz sentido levar o ministro Queiroga. Não que vá acrescentar alguma coisa. A gente sabe muito bem que no relatório não há nada de substancial até agora, porque houve seletividade nas investigações, e quando há seletividade, você não tem o quadro completo dos escândalos reais que aconteceram no Brasil durante a crise da Covid, muitos deles com provas”, analisou a comentarista.
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