‘CPI da Covid-19 não tem nenhum apoio popular’, diz Constantino
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram últimas movimentações antes da divulgação e leitura do relatório final do colegiado
Após um mal estar causado pelo vazamento para a imprensa, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou aos colegas do grupo majoritário da CPI da Covid-19 uma versão do relatório final do colegiado. O parecer possui aproximadamente 1.200 páginas, está dividido em 16 capítulos e pede o indiciamento de 71 pessoas e duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLOG. O texto também pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por 11 crimes. São eles: epidemia com resultado de morte, infração à medidas sanitárias, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, charlatanismo, prevaricação, genocídio de indígenas, crimes contra a humanidade, crime de responsabilidade e homicídio comissivo por omissão. Depois de discordâncias, o grupo de oposição marcou uma reunião para tentar conter o racha instalado neste grupo.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, 19, o comentarista Rodrigo Constantino foi questionado sobre a popularidade da CPI e disse que o colegiado não tem nenhum apoio da população, uma vez que não é levada a sério por ninguém. “A CPI não tem nenhum (apoio popular). Ninguém sério leva a sério esse troço. Esse relatório de mil e tantas páginas eu já tratei como piada, como ficção, só que hoje eu me dei conta que é algo pior e muito mais grave do que isso. Tem método. E quando a gente vai avaliar o que ele está fazendo ali, o relator Renan Calheiros, com a conivência e cumplicidade de seus comparsas, é uma coisa de caráter soviético. É uma tentativa clara de intimidar, expor e tentar fazer um julgamento sumário em praça pública com guilhotina de todos aqueles que os senadores lulistas discordam”, analisou Constantino.
Confira o programa desta terça-feira, 19:
Durante o programa, Constantino também informou que foi citado durante o relatório, sendo colocado como alguém que disseminou “ideias e declarações de Jair Bolsonaro”. “Eu quero mencionar a página 789 dessa minuta porque um nome de alguém aqui está lá: Rodrigo Constantino: ‘Jornalista que ajudou a divulgar durante a pandemia desinformação sobre o uso de máscaras, contestou o isolamento social, afirmou que as medidas ajudaram a propagar a histeria coletiva, distorceu e subestimou o número de mortes por coronavírus no país e atuou como um dos principais disseminadores das ideias e declarações de Jair Bolsonaro’”, disse o comentarista. Em seguida ele afirmou que não há sugestão de indiciamento e que se trata de uma tentativa de intimidação. Os comentaristas Guilherme Fiuza e Ana Paula Henkel também foram mencionados no relatório da CPI.
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