‘Datafolha não vale mais nada há muito tempo’, diz Paulo Figueiredo Filho
Comentarista do programa 3 em 1 falou sobre pesquisa que mostra queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo e relembrou as falhas do instituto
A rejeição do presidente Jair Bolsonaro na cidade de São Paulo passou de 48% para 50%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 12. Os dados, que foram computados entre os dias 9 e 10 de novembro, mostram que a porcentagem de moradores da capital que aprova a gestão do presidente está em torno dos 23%. A pesquisa também foi realizada nas cidades de Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro. Enquanto no Rio, a popularidade dele sofreu um leve declínio, em BH e Recife, os números continuaram estáveis. A pesquisa foi tema de debate entre os comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta quinta.
“O que é bastante claro para mim é o seguinte: Pesquisa do Datafolha não vale mais nada para ninguém há muito tempo. Não vale para um lado, não vale para o outro”, afirmou Paulo Figueiredo. Para dar um exemplo, Figueiredo Filho usou uma pesquisa do dia 28 de setembro de 2018 que mostrava o então candidato à presidência Jair Bolsonaro perdendo em todos os cenários do segundo turno. “A popularidade do presidente pode ter caído? Pode, pode ter caído, pode não ter caído também. Seja qual for o cenário, eu só tenho confiança em uma coisa: Qualquer popularidade que o Datafolha projete, a popularidade do Bolsonaro é muito maior”, finalizou, dizendo que os erros do instituto de pesquisa costumam pender para a esquerda.
Thais Oyama disse que institutos de pesquisa erram, mas não por ideologia, como sugerido por Figueiredo Filho. “Em geral eles erram por questões metodológicas e por incompetência, mas não por má fé”, analisou. Ela mostrou, ainda, que órgãos especializados em análise de redes sociais detectaram que as reações às publicações do presidente “A avaliação agora é de que isso pode demorar mais ainda para passar. Isso porque além das besteiras que ele fala diariamente tem outras coisas no horizonte. Tem por exemplo uma crise econômica brava, tem por exemplo o fim do auxílio emergencial que foi sustentáculo dele junto às classes D e E e tem também novos escândalos que podem surgir na seara da família dele”, analisou.
Para Josias de Souza, os números demonstrados em São Paulo ornam com os números dos candidatos apoiados por Jair Bolsonaro nas eleições municipais. Ele lembrou que tanto Bruno Covas quanto Alexandre Kalil, candidatos aos quais o presidente faz oposição, assumiram os primeiros lugares nas pesquisas locais. “Essas pesquisas estão indicando que o bumbo do presidente pode está destoando da realidade nessas praças”, afirmou, lembrando que os possíveis reeleitos viraram as costas para o presidente em relação à administração do novo coronavírus. “A reeleição dos prefeitos acaba se transformando num plebiscito sobre a atuação do candidato na pandemia”, afirmou.
Confira o programa 3 em 1 desta quinta-feira, 12, na íntegra:
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