‘Rodrigo Maia tem simpatia pelo regime chinês’, diz Rodrigo Constantino
Comentarista do programa 3 em 1 opinou sobre o posicionamento do presidente da Câmara dos Deputados ao se oferecer para mediar o conflito envolvendo a CoronaVac
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 23, durante a coletiva de imprensa do governo paulista que “os brasileiros precisam dessa vacina [CoronaVac] e das outras”, se colocando à disposição do governador João Doria (PSDB) para buscar uma solução capaz de resolver o conflito envolvendo as vacinas contra o novo coronavírus. O desentendimento relacionado aos imunizantes se agravou nesta semana, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou o ministro da Saúde Eduardo Pazuello a comprar doses da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Em uma reunião com o Fórum dos Governadores na terça-feira 20, Pazuello havia negociado um acordo para que o governo federal incorporasse o imunizante no Programa Nacional de Imunizações – o governo de São Paulo divulgou o vídeo com a íntegra do encontro.
O tema foi motivo de debate durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan. O comentarista Rodrigo Constantino, avaliou que entende o posicionamento do presidente da Câmara dos Deputados, “ele é o cara do diálogo.” No entanto, afirmou que Maia defende o avanço da CoronaVac porque “já mostrou, durante todo o seu passado, que tem simpatia pelo regime chinês.” “Quando a porca torce o rabo, o presidente da Câmara prefere tomar as dores da China, um regime opressor que não possuí o menor apreço pela liberdade de expressão e de voto”, afirmou. Ainda sobre os imunizantes, Constantino defende que “todos os argumentos já estão postos na mesa.” “Tem gente que desconfia das vacinas, mas existem pessoas que não estão muito preocupadas e acham que um carimbo da Anvisa vale mais do que Deus. Prefiro defender a liberdade de cada um pensar e agir como quiser”, concluiu.
Thaís Oyama, por outro lado, alega que o posicionamento de Rodrigo Maia durante a coletiva de imprensa não se trata de questão ideológica. “Quem quiser que compre essa imagem que o Maia tentou vender hoje, de um político conciliador em busca do diálogo. Eu não acredito em nada disso.” Segundo a comentarista, o que “está em jogo” são as eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados, que acontecem em fevereiro de 2021. “Soube, através de uma importante liderança, que Rodrigo Maia foi informado de que o presidente Jair Bolsonaro já escolheu Arthur Lira (PP) como seu candidato para a liderança da Câmara. Para Maia, essa foi uma péssima notícia. Frente a isso, o atual presidente da Câmara decidiu fazer essa aparição ao lado de Doria, o arqui-inimigo de Bolsonaro.” Thaís afirmou que, apesar da provocação, Maia “deixou a porta aberta para firmar um acordo” com o presidente da República. Para Josias de Souza, Jair Bolsonaro alicerçou uma “guerra inútil” em torno das vacinas. “Mais uma vez o presidente desperdiçou sua hora podendo atuar como um facilitador de uma iniciativa que transformaria o Ministério da Saúde em provedor de todos os imunizantes comprovadamente eficazes. Ao invés disso, ele preferiu humilhar seu ministro e se auto converter em um garoto propaganda do direito de contaminar”, disse.
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